De acordo com Boletim Técnico do Leite, elaborado pela Federação da Agricultura e Pecuária (FAEMG) e divulgado essa semana, o custo de produção do leite sofreu um aumento de 0,2%.
Ao mesmo tempo, as importações bateram recorde, gerando um déficit de US$ 233 milhões na balança comercial. Os principais produtos mais importados foram leite em pó, leite condensado, queijos e soro de leite.
Para o presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da FAEMG e um dos diretores do Conseleite-MG, Jônadan Ma, as duas notícias são desanimadoras para o produtor que tem margens cada vez mais ‘achatadas” com uma remuneração que não melhora. “A situação é preocupante porque cada vez mais produtores desistem da atividade”.
Com a redução da oferta de leite no mercado, o comércio atacadista e varejista e as indústrias não vêm outra alternativa que não seja importar. Em março, o volume importado correspondeu 484 milhões de litros de leite.
A situação, segundo Jônadan, foi, certamente, impulsionada pela queda no preço internacional do leite em pó integral, cotado a US$ 3.053/ tonelada, o que significa uma redução de 30% em relação a abril de 2022. O preço do leite em pó desnatado segue a mesma tendência, fechando o início de abril em US$ 2.579/ tonelada.