Queijo Minas Artesanal ou Queijo Artesanal de Minas?
A médica veterinária e assessora da Diretoria de Agroindústria e Cooperativismo da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seapa), Viviane Neri, explica que são duas classificações distintas.
Os nomes são parecidos e podem até confundir, mas isso não quer dizer que um seja melhor que o outro. A grande diferença está no processo de fabricação.
O Queijo Minas Artesanal não passa por nenhum processo mecânico/industrial. Sua fabricação é feita com leite cru (in natura), fermento natural (conhecido como pingo), coalho e sal, não recebendo tratamento térmico e sendo prensado de forma manual, conforme a tradição.
Já a classificação Queijo Artesanal de Minas é conferida a todos os outros queijos feitos com os mesmos ingredientes, mas por meio de processos diferentes.
Assim, todo queijo Minas Artesanal é um queijo artesanal mineiro; mas nem todo queijo artesanal mineiro é um queijo Minas Artesanal.
“Os Queijos d’Alagoa e da Mantiqueira, por exemplo, seguem um modo diferente de produção, com o aquecimento da massa em algum momento do processo; ação que não acontece nos QMAs”, explica Viviane.
O Queijo Minas Artesanal não passa por nenhum processo mecânico/industrial. Sua fabricação é feita com leite cru (in natura), fermento natural (conhecido como pingo), coalho e sal, não recebendo tratamento térmico e sendo prensado de forma manual, conforme a tradição.
O Queijo Minas Artesanal da Canastra é um exemplo de QMA que é produzido exclusivamente em um número limitado de municípios da região da Serra da Canastra.
Existem outras nove regiões caracterizadas como produtoras de QMA no estado: Araxá, Campo das Vertentes, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serra do Salitre, Serras da Ibitipoca, Serro e Triângulo Mineiro.
Então um QMA produzido em Minas Gerais fora de municípios das 10 regiões caracterizadas, deverá conter no rótulo apenas a denominação: Queijo Minas Artesanal.
Já um Queijo Minas Artesanal produzido em um dos municípios pertencentes a uma das 10 regiões caracterizadas, pode apresentar em seu rótulo a identificação de sua correspondente região de origem.
Assim, deve-se atentar para nomenclaturas que caracterizam fraude, como: “Queijo Canastra de Araxá” ou “Queijo Canastra da Serra do Salitre”. Assim, o rótulo deve apresentar o nome de uma só região, que é aquela em que o queijo foi, de fato, produzido.
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