(CORREÇÃO: O g1 errou ao dizer que a decisão também determinou o fechamento da fábrica. Na verdade, a fábrica continuará aberta até a liquidação do bloco. A informação foi corrigida às 16h18 desta quinta-feira, 13 de julho).

A sentença foi publicada nesta quarta-feira (12), cinco anos depois de a marca entrar com o pedido de recuperação judicial. Na época, alegava dificuldades financeiras e acusava um endividamento de R$ 222,5 milhões.

De acordo com o juiz Fernando Leonardi Campanella da 1ª Vara do Foro de Amparo (SP), houve quebra de boa-fé e indícios de fraude no processo recuperacional. Além da falência, também foram determinados os afastamentos imediatos dos responsáveis.

A atividade empresarial será mantida até a liquidação do bloco, como forma de preservar o emprego dos mais de 300 funcionários e para o benefício da coletividade dos credores. Neste período, a Shefa contará com uma uma administradora judicial temporária.

“O funcionamento provisório, portanto, visará como resultado a minoração do passivo, ou, ao menos, evitar seu aumento exponencial; a maximizaçãodo ativo; e possibilitará atrair possíveis interessados na compra de toda a unidade produtiva durante esse tempo, solucionando grande parte de um processo falimentar de uma só vez, poupando-lhe preciosos anos de tramitação”, pontuou.

O magistrado também determinou que nenhum contrato ou obrigação vinculado à Shefa seja suspenso. “O decreto da falência é sempre impactante aos credores e à coletividade em geral, que acreditavam no soerguimento da empresa. Assim, se houver maneiras de abrandar as inevitáveis consequências da quebra, devem ser adotadas as referidas práticas”, pontuou.

O g1 tenta localizar os responsáveis pela empresa.