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12 dez 2024
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Conheça o leite A2, versão da bebida que não produz proteína responsável pelo desconforto digestivo.
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Laticínios de todo o país investem na produção desse tipo específico de leite.

Os laticínios buscam explorar este produto justamente para atender às necessidades de consumidores que enfrentam problemas digestivos e intestinais após beber o leite A1, alternativa mais comum encontrada nas prateleiras dos mercados.

Algumas marcas nacionais, inclusive, já investem em lácteos produzidos com leite A2, como manteiga com e sem sal, queijo curado e queijo coalho.

Qual a diferença entre o leite A2 e o A1?

A diferença está na composição proteica de cada variedade. Enquanto o A1 possui, entre outras, as proteínas beta-caseína A1 e beta-caseína A2, o A2, como o nome sugere, possui apenas a segunda.

“Pesquisas recentes apontaram que a maioria das pessoas que apresentam desconforto gastrointestinal após ingestão de leite tem dificuldade em digerir a proteína beta-caseína A1”, explica Daniela Cierro, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição.

Como é feita a produção do leite A2?

Para produzir o leite A2, é preciso investir em mapeamento genético das vacas. Isso porque, naturalmente, existem vacas que produzem leite com beta-caseína A1 e A2, somente A1 ou somente A2.

 

Trata-se de um genótipo. As vacas já nascem assim. Por isso, quando iniciamos a produção do leite A2, fizemos análise genética das vacas e posteriormente as separamos em rebanhos identificados. Para expansão da produção, investimos na reprodução a partir do cruzamento de animais apenas com esse genótipo específico”, afirma.

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Leite A2 é produzido por vacas com genótipo A2A2; na Fazenda Colorado, elas são identificadas por brincos e as primeiras a serem ordenhadas diariamente — Foto: Divulgação

Soriano explica que a produção de leite A2 da Colorado, responsável pela marca Xandô, é certificada pela Integral Certificações, com o selo Vacas A2A2, que assegura a origem e rastreabilidade do leite.

“O processo de genotipagem dos animais, identificação, obtenção, armazenamento, logística e processamento são todos auditados, impedindo que haja mistura de leite contendo beta-caseína A1”, relata.

Na ordenha diária, por exemplo, o leite das vacas A2A2 é sempre captado antes das demais, para evitar qualquer contato com leite que contenha a beta-caseína A1.

Intolerâncias e alergias

Vale ressaltar que os benefícios digestivos proporcionados pelo leite A2 (A2A2) não devem ser associados às necessidades de indivíduos que possuem intolerância à lactose ou alergia às diversas proteínas do leite (APVL).

A intolerância à lactose é incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar existente no leite e seus derivados.

“Ela acontece quando o organismo não produz, ou produz em quantidade insuficiente, a enzima digestiva chamada lactase, que quebra e decompõe a lactose, o açúcar do leite. Os sintomas variam de acordo com a quantidade de leite e derivados ingeridos.”

Já a alergia às proteínas do leite (APLV) é um tipo de alergia no qual o sistema imunológico do indivíduo responde de maneira inadequada às proteínas encontradas no leite.

“Há pessoas com alergias a diversas proteínas do leite, não somente a beta-caseína A1. Os sintomas podem incluir erupção cutânea, urticária, (pele seca, escamosa ou coceira), sistema digestivo (diarreia, vômitos, constipação e refluxo) e sistema respiratório (respiração barulhenta, tosse, corrimento nasal)“, finaliza.

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