Qual é a origem do queijo?
Existe uma lenda que diz que o primeiro queijo foi criado por um homem há mais de quatro mil anos. Na ocasião, ele colocou o leite dentro de um pote feito com o estômago de uma ovelha. Ao final do dia, após a mistura ter ficado exposta ao sol e aos materiais do pote, ela se separou em coalhada e soro de leite (whey).
Alguns especialistas defendem que as populações antigas faziam maior consumo de queijo, do que de leite. Isso porque conseguir refrigeração naquele período era algo complicado, e a maioria dos produtos fermentava devido às temperaturas e à forma de armazenamento.
Com o tempo, a produção de queijo foi ganhando força em regiões como o Mediterrâneo, África do Norte, Europa e Sul da Ásia, se adaptando entre as culturas e o cenário local.
Como é produzido o queijo?
Para a preparação do queijo é preciso leite, um coagulante, sal e uma cultura de bactérias. O coagulante é usado para a solidificação do alimento, e ele pode ser tanto um ácido como o vinagre, ou o rennet, ou uma enzima natural encontrada no estômago de vacas.
As bactérias são usadas para ajudar no processo de coagulação, para melhorar o sabor e a textura, e prevenir o crescimento de microrganismos nocivos. Como essas culturas bacterianas se alimentam principalmente de lactose, açúcar encontrado no leite, é comum que queijos orgânicos não tenham tanto efeito colateral em pessoas com intolerância à substância.
A maioria das produções usam leite cru ou pasteurizado, que são cozidos para alcançar uma temperatura que permita o crescimento da bactéria, que irá fermentar o líquido. Porém, caso seja usado o leite cru, é essencial que ele seja envelhecido por pelo menos dois meses, com intuito de reduzir a exposição da substância a patógenos.
Alguns queijos podem desenvolver um cheiro desagradavel, devido à ação da bactéria na fermentação. Isso não significa que eles são ruins ou estão podres. É comum que esse alimento demore anos ou meses até que chegue ao seu resultado final, dependendo da variedade.
Qual é o valor nutricional do queijo?
A maioria dos queijos é rica em sódio, devido ao adicional de sal em sua preparação. No entanto, existem variedades com uma menor quantidade do mineral, que são consideradas mais saudáveis.
O alimento também é rico em gordura saturada, o que pode aumentar consideravelmente o colesterol ruim “LDL”. Por isso, não é recomendado o consumo excessivo de queijo no dia a dia. Reduzir a ingestão pode diminuir as possíveis contraindicações deste tipo de alimento.
Entretanto, por serem repletos de ácido lático, ácido linoleico e cálcio (mineral encontrado no leite em grandes quantidades), os queijos também têm certos benefícios para a saúde. É preciso ter em mente que o valor nutricional desse alimento varia de acordo com o tipo que estamos falando. Ou seja, antes de consumir, procure saber qual é a alternativa ideal para a sua dieta.
Quais são os tipos de queijo mais comuns?
Existem milhares de tipos ao redor do mundo, alguns deles são:
Azul: feito do leite de vaca, carneiro e ovelha, ele é curado com o mofo Penicillium. Sua cor é branca com algumas manchas cinzas e azul, criadas pelo mofo usado na coagulação. Ele é rico em calorias, proteínas, cálcio e sódio;
Feta: originário da Grécia, comumente preparado a partir do leite de ovelha e cordeiros. Por ser acondicionado em salmoura, ele tem altos níveis de sódio, porém, tem uma menor quantidade de calorias quando comparado a outros queijos. Além disso, ele oferece um bom nível de ácido linoleico conjugado – que ajuda na redução de gordura corporal;
Queijo cottage: uma variedade macia de queijo branco feito da coalhada solta de leite de vaca. Ele é rico em proteína, têm pouca gordura e calorias e oferece uma quantidade considerável de cálcio;
Ricota: queijo italiano feito das partes mais aguadas do leite de vaca, cordeiro, búfalo e ovelha. Tem uma textura cremosa e é comumente conhecido como uma versão mais leve do cottage. Pode ter altas concentrações de proteína, calorias e aminoácidos;
Outros tipos
Parmesão: um queijo duro envelhecido, com um sabor salgado. Ele é produzido a partir do leite pasteurizado da vaca, que é deixado para envelhecer por pelo menos um ano, com intuito de eliminar bactérias nocivas. Rico em calorias, proteínas, fósforo, cálcio e com baixo nível de lactose.
Cheddar: feito com leite de vaca amadurecido por meses, pode ter uma coloração branca, amarelada ou laranja. O sabor pode variar entre bem leve até muito acentuado. Ele contém uma boa quantidade de vitamina K2, proteína, cálcio e sódio.
Queijo de carbra: macio e picante, ele pode ser encontrado em formatos em barras, em pedaços e em variedades que se assemelham ao brie. Além de ser pobre em carboidratos, ele tem mais ácidos graxos de cadeia média, que costumam ser absorvidos mais rapidamente pelo organismo e ajudam na manutenção do peso;
Mozzarella: branco úmido feito de leite de vaca ou de búfalo. Ele tem pouco sódio e calorias, e também é rico em probióticos;
Quais são os benefícios do queijo?
- Pode contribuir para a saúde óssea devido a sua quantidade de cálcio, prevenindo problemas como a osteoporose;
- O cálcio também é importante para a manutenção dos dentes, por isso, o consumo de queijo também beneficia a saúde dentária;
- Estudos mostram que o queijo pode aumentar o pH da placa dentária, criando uma proteção contra cáries dentárias;
- Queijos com pouca gordura e sódio podem ajudar a reduzir a pressão sanguínea;
- Alguns queijos oferecem um antioxidante conhecido como glutationa, que ajuda a proteger o corpo dos efeitos negativos do sódio e dos danos às veias sanguíneas;
- Alimentos fermentados ajudam a melhorar a saúde intestinal, promovendo um ambiente agradável para a bactéria encontrada ali;
- As proteínas presentes no queijo podem oferecer energia para o organismo e ajudar no processo de criação de células do corpo humano;
Quais são as contraindicações?
- Rico em gorduras saturadas, que podem aumentar o risco de doenças como diabetes, obesidade e problemas cardiovasculares;
- Altos níveis de sódio, comumente encontrados em queijos processados, que podem resultar em pressão alta;
- Estudiosos têm apontado para a presença de estrogênio e outros hormônios esteroides na produção de queijo, que podem desregular o sistema endócrino e aumentar potencialmente o risco de alguns tipos de câncer;
- Apesar de alguns queijos serem pobres em lactose, devido ao processo de fermentação, esse alimento ainda pode afetar pessoas com intolerância;
- Pessoas com alergia ao queijo podem ter uma reação imunológica ao seu consumo;
- A proteína caseína, encontrada no leite, pode engatilhar inflamações;
- Certos queijos têm uma alta quantidade de fósforo, o que pode sobrecarregar o funcionamento dos rins.
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