E se não bastassem as dificuldades e desafios próprios da atividade leiteira, recentemente o apresentador de TV e ex-ator global, Márcio Garcia, se manifestou através de um vídeo que leva a assinatura da ONG Mercy for Animals, em que apresenta uma imagem totalmente equivocada do setor leiteiro.
Esse setor tem enorme importância socioeconômica para o Brasil, empregando milhões de pessoas e levando o desenvolvimento para o interior do país.
Assista ao vídeo:
Obviamente que podem ocorrer alguns casos isolados de maus tratos em alguma propriedade leiteira, mas que não refletem a grande maioria do setor. Casos de maus tratos ser denunciados, punidos e retirados do setor produtivo, mas jamais generalizados.
Desde o início dos anos 2000, o bem-estar animal se transformou num dos pilares da cadeia do leite e isso envolve a preocupação com o alimento balanceado, na quantidade e qualidade específicas para cada animal, com acompanhamento de profissionais que realizam exames médicos periódicos, aplicação de vacinas e controle de doenças.
Além disso, o manejo do rebanho respeita os hábitos dos bovinos, que precisam ruminar, ficar deitados, caminhar e ter um ambiente com sombra e água fresca.
Hoje temos inúmeras propriedades em que as vacas leiteiras ficam em barracões, chamados Compost Barn, deitados no chão forrado de palha, totalmente sombreados e com ventilação, para proporcionarem o máximo conforto às vacas leiteiras. Os produtores de leite sabem e praticam o óbvio: “quanto menos stress, mais leite”!
O Brasil alterna entre o terceiro e quarto lugar no ranking de maiores produtores de leite do mundo e segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária tem a atividade leiteira em cerca de 98% dos municípios brasileiros, com predominância de pequenas e médias propriedades.
Outra fala do apresentador que causou bastante indignação foi o fato de incentivar as pessoas a ficarem uma semana sem tomarem leite, em protesto aos supostos maus tratos aos animais.
Quanta irresponsabilidade ao sugerir que as mães fiquem sem alimentar seus filhos com esse alimento básico, tão nutritivo, principalmente para os primeiros anos de vida. Sem considerar o impacto socioeconômico para as regiões produtoras de leite, que envolvem milhões de empregos desde a produção na fazenda, passando pelo transporte, indústria de rações, vacinas, medicamentos e os laticínios que beneficiam e industrializam o leite.
Portanto, por ignorância ou má-fé, esse é mais um ataque sofrido pelo Agronegócio, que apesar de ser a locomotiva que impulsiona a economia do Brasil, precisa lutar diariamente para demonstrar sua competência em produzir alimentos para o mundo, de maneira eficiente e sustentável.
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