Fundos | A histórica Cooperativa de Lacticínios Sancor, localizada na cidade de Sunchales, em Santa Fé, está a avançar no seu processo de reestruturação para ultrapassar a crise económica e financeira que atravessa há algum tempo.
O objectivo é conseguir a chegada de fundos para aumentar o fundo de maneio, para poder pagar a entrada de mais matéria-prima e assim ampliar a capacidade instalada da fábrica de lacticínios até 1,5 milhões de litros por dia.
De acordo com este órgão de comunicação social, o “Fideicomisso Financeiro Sancor Láctea” foi aprovado hoje no BICE Fideicomissos, que actua como Trustee, e o trustee Fidulac, integrado por um grupo de empresários. A própria Cooperativa Sancor também é membro. Além disso, Leandro Salvatierra e Diego Feser, como sócios acionistas da Fidulac, administrarão os futuros negócios da Sancor.
Fontes envolvidas nas negociações assinalaram que “tudo isto é quase o penúltimo passo para começar a delinear uma solução definitiva. E o bom é que este passo implicou um acordo entre o mundo privado, tanto os actuais empresários que gerem o Sancor como os que querem assumir a sua gestão, bem como o Estado Nacional”.
Agora, o próximo passo será aguardar a aprovação da Comissão Nacional de Valores Mobiliários para que o fundo possa aceder ao mercado de capitais. Há algum tempo, foi noticiado que seriam necessários cerca de 60 milhões de dólares para o seu funcionamento.
Por outro lado, a Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP) foi notificada da aprovação, a fim de avançar com a reestruturação da dívida da Sancor com a autoridade fiscal. Será também efectuada uma reestruturação da dívida ao Estado.
Desde 2017, a Cooperativa Sancor tem vindo a atravessar uma situação económica e financeira muito complicada.
A Fidulac SA, nome da entidade jurídica que reúne os sectores acima mencionados, tem estado a negociar com o Banco Nación para obter o financiamento total do fundo fiduciário cuja criação foi aprovada a 14 de Janeiro do ano passado sob o nome de SanCor Capital.
Recorde-se que a SanCor tem vindo a atravessar uma crise económico-financeira e produtiva, cuja gravidade se acentuou no início de 2017.
Crise
A partir de então, iniciou-se um processo de reestruturação do qual participaram todos os integrantes da cadeia, com forte envolvimento do sindicato da indústria de laticínios, ATILRA, para apoiar o resgate. Além disso, a Cooperativa enfrentou uma última primavera com o impacto da seca, mas com um piso de 700 mil litros de matéria-prima processada diariamente, com uma rentabilidade positiva ao contrário do que aconteceu anos atrás, que é destinada ao pagamento de salários e compromissos económicos pendentes, embora as possíveis emergências também sejam contempladas.
Há meses, realizou-se uma reunião no Ministério da Economia onde se analisaram os problemas da Sancor e se definiu um plano de trabalho entre todas as partes envolvidas, com o objectivo de implementar medidas que permitissem à cooperativa de lacticínios ultrapassar a sua crise económica, financeira e produtiva, que se arrasta há mais de 4 anos.
Na altura, o Secretário para as Relações com a Sociedade Civil e Desenvolvimento Comunitário do Gabinete do Chefe de Gabinete, Fernando Navarro, afirmou que o governo “está a procurar uma forma racional de trabalhar em conjunto.
Queremos obter um plano de curto prazo para lidar com a queda sazonal da produção e outras questões operacionais do dia-a-dia. E outro plano a médio e longo prazo, para que isto não se repita e para que daqui a seis ou oito meses voltemos ao assunto, para que a SanCor possa sair gradualmente desta crise que se arrasta há vários anos”.
? Veja os nossos melhores artigos em Destaques – eDairyNews-BR ??✨