"Receita bruta foi de R$ 21,7 bilhões no ano passado, o que representa uma queda de 1,4%"
Aurora Coop
Mercado interno respondeu por dois terços da receita da Aurora Coop — Foto: Globo Rural
A Cooperativa Central Aurora Alimentos (Aurora Coop) informou, nesta segunda-feira (26/2), uma receita bruta de R$ 21,7 bilhões no ano passado, o que representa uma queda de 1,4% em relação às vendas em 2022, que chegaram a R$ 22 bilhões.

A central teve um prejuízo de R$ 137,9 milhões em 2023, que foi absorvido pelo fundo de reservas. Em 2022, a operação totalizou R$ 649 milhões em sobras, equivalentes ao lucro nas cooperativas.

Praticamente dois terços da receita da central vieram do mercado interno: R$ 14,6 bilhões. As exportações para 80 países renderam R$ 7,5 bilhões. Em volume, as vendas no país representaram 63,7%, totalizando cerca de 1 milhão de toneladas. Os embarques foram de 678,5 mil toneladas.

Em relatório, a Aurora Coop destacou, apesar do resultado negativo, os avanços no mercado externo. “Há uma década atrás, em 2013, as exportações representavam 18,6% da receita operacional bruta e contribuíam com R$ 1,055 bilhão no caixa da empresa”, destaca.

Da esquerda para a direita, Marcos Zordan (vice-presidente de agronegócios da Aurora Coop), Leomar Somensi (vice-presidente de mercados), Romeo Bet (secretário do conselho de administração ) e Neivor Cantor (presidente) — Foto: Divulgação
Da esquerda para a direita, Marcos Zordan (vice-presidente de agronegócios da Aurora Coop), Leomar Somensi (vice-presidente de mercados), Romeo Bet (secretário do conselho de administração ) e Neivor Cantor (presidente) — Foto: Divulgação

A cooperativa também destacou os investimentos nas fábricas para aumento de produção. O aporte na operação chegou a R$ 939,1 milhões em 2023, acima dos R$ 793,6 milhões do ano anterior. Em outubro, a Aurora Coop assumiu as operações da unidade industrial de carnes da marca Alegra, em Castro (PR), que pertencia às cooperativas Frísia, Capal e Castrolanda. A transação fortaleceu o princípio da intercooperação, e as três centrais se aliaram ao Sistema Aurora.

Expectativas da Aurora para 2024

A diretoria planeja expandir o frigorífico em São Gabriel do Oeste (MS) e aumentar a capacidade de abate da unidade em Guatambu (SC), que já passou por uma etapa anterior de ampliação. A cooperativa planeja ainda revisar os produtos feitos em cada fábrica para otimizar os resultados, além de melhorar as operações no recém-adquirido frigorífico da Alegra. Ainda este ano, a unidade industrial Aurora Chapecó II começará a produzir empanados, peito cozido e peito desfiado.

Com a aquisição do frigorífico da Alegra, a Aurora Coop ampliou em 12% sua capacidade de abate de suínos, chegando a 32,1 animais por dia. As unidades em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul abateram 7,376 milhões de cabeças, volume 3,2% superior ao ano anterior. A produção in natura cresceu 2,9%, para 705,9 mil toneladas, e a industrialização avançou 6%, a 428,4 mil toneladas.

Frango

As nove plantas industriais de aves abateram 320,8 milhões de cabeças de frango, um aumento de 11% em relação a 2022. Segundo a cooperativa, o incremento reflete, principalmente, a retomada das operações da nova unidade frigorífica de Guatambu (SC), cuja capacidade de abate aumentou de 115 mil para 414,8 mil aves por dia. A produção in natura de carnes de aves aumentou 3,2% para 665,9 mil toneladas, e a industrialização se manteve em 58,3 mil toneladas.

Outros negócios

O volume de leite captado das cooperativas do Sistema Aurora Coop atingiu 472,3 milhões de litros. A produção de industrializados mudou pouco, somando 203,2 mil toneladas. A produção de rações nas sete fábricas da central cresceu quase 5%, para 2,1 milhões de toneladas, entre produtos para aves de corte, matrizes e suínos, além de núcleos e concentrados.

A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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