O Brasil reforça cada vez mais sua posição entre os produtores dos melhores queijos artesanais do mundo. Prova disso é o resultado obtido pelos brasileiros no Mundial do Queijo de Tours, realizado entre os dias 10 e 12 de setembro, na França.
Brasil
A premiação avalia quesitos como aparência, aromas, sabores, texturas e equilíbrio.| Foto: Mondial du Fromages
Ao todo, dos 288 queijos brasileiros inscritos na competição, 81 foram premiados com medalhas – 17 de ouro, 23 de prata e 41 de bronze – 24 a mais que na última edição, realizada em 2021. E um deles, o Caprinus do Lago, da Queijaria do Lago, de Valença (RJ), ficou na sétima posição entre os 12 melhores queijos do mundo, entre franceses e suíços.

Na competição deste ano, 1.640 queijos foram cuidadosamente examinados, degustados e avaliados por um júri de 250 profissionais de todas as partes do mundo, sob o comando Roland Barthelemy, presidente da Associação Internacional do Queijo. A premiação, única competição francesa que aceita queijos de outros países, avalia quesitos como aparência, aromas, sabores, texturas e equilíbrio.

O Brasil foi ao mundial deste ano bem representado por 91 produtores de todas as regiões do país, de estados como Minas Gerais, Bahia, Pará, Ceará, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. A inscrição foi coletiva e realizada pela SerTãoBras, associação brasileira sem fins lucrativos, que reúne agricultores, curadores, queijistas e pesquisadores especializados em queijos, presente no concurso francês com um estande de degustação de queijos, pão de queijo e outras especialidades nacionais.

Outro prêmio bastante concorrido nesta edição do Mundial do Queijo de Tours foi o de Melhor Queijista do Mundo. A torcida brasileira se voltou para Marina Cavechia, queijista do Teta Cheese Bar, de Brasília (DF), que disputou o pódio com outros 15 candidatos. Os premiados, no entanto, foram o francês Vincent Philippe, o norte-americano Sam Rollins e o britânico Nick Bayne.

A programação do Mondial du Fromage foi encerrada nesta terça-feira (12), com a revelação o melhor queijo do mundo. O francês Époisses Berthaut Perrière, da Formagerie Berthaut, foi o escolhido entre os 12 melhores queijos do concurso, que foram novamente avaliados, desta vez, por um comitê internacional de 12 juízes, presidido por Stéphane Layani, presidente do Mercado Internacional de Rungis. A sétima posição do ranking mundial ficou para o brasileiro Caprinus do Lago, produzido pela queijaria Capril do Lago, no Vale do Café (RJ), com leite cru de cabra Saanen e curado com mais de 30 dias.

Para alguns dos produtores brasileiros que participaram do mundial, a viagem só começou. A SerTãoBras organizou uma missão técnica de 35 pessoas, que está circulando de ônibus pelas regiões queijeiras de denominações de origem protegida, do sul ao norte da França.

Medalhados

Confira os queijos brasileiros premiados com a medalha de ouro na sexta edição do Mundial de Queijo de Tours, na França:

 

 

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