O recente apelo do Ministro do Desenvolvimento Pecuário da Nigéria, Idi Maiha, por uma colaboração mais ampla com as partes interessadas evidencia as imensas oportunidades que essa parceria pode oferecer.
Nigéria
Em 2024 a Nigéria abriu oficialmente seu mercado para a importação de bovinos vivos, leite e produtos lácteos do Brasil.

No mundo onde as alianças globais desempenham um papel crucial no desenvolvimento dos setores produtivos, Brasil e Nigéria se destacam como parceiros estratégicos para transformar a indústria de lácteos.

O recente apelo do Ministro do Desenvolvimento Pecuário da Nigéria, Idi Maiha, por uma colaboração mais ampla com as partes interessadas evidencia as imensas oportunidades que essa parceria pode oferecer.

Nigéria busca um parceiro no Brasil

Durante uma visita de cortesia de uma delegação da Inter-Heritage Promotions Limited em Abuja, o ministro Maiha destacou as condições favoráveis para o crescimento econômico e o desenvolvimento do setor lácteo na Nigéria.

Essa abordagem inclui o incentivo à capacitação local e a promoção de parcerias com países que possuem experiência consolidada na produção agropecuária, como é o caso do Brasil.

Antecedentes do comércio lácteo Brasil-Nigéria

Essa não seria a primeira vez que os dois países se conectam no setor agropecuário. Em 2023, a Nigéria importou mais de US$ 875 milhões em produtos agroindustriais brasileiros, e em 2024 abriu oficialmente seu mercado para a importação de bovinos vivos, leite e produtos lácteos do Brasil.

Essa abertura reflete a confiança no sistema sanitário brasileiro e coloca o Brasil em uma posição privilegiada para se tornar um parceiro fundamental na modernização do setor lácteo nigeriano.

Além disso, o projeto conjunto liderado pela Embrapa e pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando foi um marco importante nessa relação. Por meio da introdução de biotecnologias como a inseminação artificial, busca-se melhorar a qualidade genética do rebanho nigeriano, aumentando tanto a produtividade quanto a sustentabilidade.

Benefícios para o Brasil: Um mercado com grande potencial

Para o Brasil, a Nigéria representa um mercado estratégico por diversas razões:

  1. Expansão de Exportações: Com uma demanda crescente por produtos lácteos e foco em programas de alimentação escolar, a Nigéria necessita de leite em pó, soro de leite e outros derivados, produtos nos quais o Brasil é altamente competitivo.
  2. Troca de Conhecimentos: Ao compartilhar sua experiência em tecnologias de produção e manejo pecuário, o Brasil pode fortalecer sua liderança no desenvolvimento agropecuário global.
  3. Diversificação de Mercados: A Nigéria permite ao Brasil reduzir sua dependência de mercados tradicionais como China ou União Europeia, ampliando sua presença na África, uma região em expansão.

Uma visão de futuro compartilhada

O diretor-geral da Inter-Heritage Promotions Limited, Patrick Usen, destacou recentemente a importância da cooperação bilateral na cadeia de valor láctea.

Em suas palavras: “É uma oportunidade de aprender uns com os outros, trocar ideias e reforçar nosso compromisso com a construção de um setor lácteo resiliente e próspero para as futuras gerações”.

Essa visão ressoa profundamente com a estratégia brasileira de promover relações Sul-Sul, onde países em desenvolvimento trabalham juntos para superar desafios comuns. Além disso, essa parceria pode servir de modelo para outros países africanos interessados em modernizar seus setores agropecuários.

Um ganha-ganha para Brasil e Nigéria

A relação entre Brasil e Nigéria no setor lácteo tem um potencial imenso. Para a Nigéria, significa acesso a tecnologias, conhecimentos e produtos que podem transformar sua indústria láctea.

Para o Brasil, representa uma oportunidade de expandir sua influência na África, diversificar seus mercados e consolidar sua posição como líder global no agronegócio.

Este é o momento de agir. Com iniciativas claras e uma visão compartilhada, Brasil e Nigéria podem escrever um novo capítulo na história da indústria láctea mundial. O futuro está servido!

 

Valéria Hamann

EDAIRYNEWS

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