O bem é candidato a Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco, com votação prevista para dezembro.
patrimonio - O estudo, previsto como uma das ações do Plano de Salvaguarda, foi desenvolvido por um grupo de trabalho composto por membros do coletivo
O estudo, previsto como uma das ações do Plano de Salvaguarda, foi desenvolvido por um grupo de trabalho composto por membros do coletivo.

Na última quinta-feira (06), foi realizada a reunião do Coletivo da Salvaguarda dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, na cidade histórica do Serro (MG).

O evento foi promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Minas Gerais (Iphan-MG), em parceria com a Associação dos Produtores Artesanais de Queijo do Serro (APAQS) e contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio da Prefeitura Municipal do Serro.
Reunião do Coletivo da Salvaguarda dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal
Visita ao Salão do Queijo, centro de referência do Queijo Minas Artesanal no Serro (MG)

O encontro, que integra o calendário de reuniões bimestrais do Coletivo da Salvaguarda, teve como objetivo discutir temas relevantes ao coletivo e relacionados à preservação e valorização do bem.

Durante a reunião, foi destacada a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal à lista representativa de Patrimônio da Humanidade pela Unesco, um reconhecimento que visa dar visibilidade internacional a esse Patrimônio Cultural brasileiro.

O requerimento para inclusão do bem na lista da Unesco foi apresentado conjuntamente pela Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo), Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Superintendência do Iphan em Minas Gerais em setembro de 2022. Agora, a análise técnica cabe ao Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco e a votação deve ser realizada em dezembro deste ano.

A reunião do coletivo foi precedida por uma visita ao Salão do Queijo, centro de referência do bem cultural no município, e também contou com a apresentação do diagnóstico das políticas, legislações e ações relativas à produção do Queijo Minas Artesanal.

O estudo, previsto como uma das ações do Plano de Salvaguarda, foi desenvolvido por um grupo de trabalho composto por membros do coletivo, refletindo a intersetorialidade das políticas públicas que afetam o bem cultural.

Estiveram presentes representantes de diversas regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal, incluindo Serro, Diamantina, Cerrado, Campo das Vertentes e Serras da Ibitipoca. A reunião contou também com a participação ativa de representantes do Iphan-MG, Tainah Leite – antropóloga que atua como técnica do Patrimônio Imaterial – e Roberta Magalhães – arquiteta do Escritório Técnico do Serro –, bem como de outras instituições que integram o Coletivo da Salvaguarda.

Entre elas, destacam-se o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).

Também marcaram presença agentes locais, como pesquisadoras, representantes da prefeitura e produtores locais, além da assessora de Relações Internacionais do Patrimônio Imaterial do Iphan (DPI), Natália Brayner, que destacou em sua apresentação o comprometimento do Iphan com os marcos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Queijo Minas Artesanal

Sob orientação do Iphan, a construção da candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal foi realizada de forma colaborativa com o apoio e a participação de associações de produtores de queijo e instituições parceiras que protagonizam a salvaguarda do bem – em especial, a Amiqueijo, o Iepha, a Emater-MG e a Seapa.

O processo abarca conhecimentos e técnicas relacionadas à produção de queijo de leite cru, uma importante atividade socioeconômica tradicional que promove inclusão e desenvolvimento local. Enquanto prática cultural, esse saber-fazer envolve valores culturais, conhecimentos e técnicas desenvolvidas ao longo de três séculos, tornando o Queijo Minas Artesanal um alimento referencial para a cultura e a identidade locais de grupos e indivíduos de diferentes regiões e paisagens do Estado de Minas Gerais.

Em cada região, o Queijo Minas Artesanal remete ao sentimento de pertencimento dos indivíduos a suas comunidades de origem e ao orgulho dos produtores pela qualidade do resultado de seu trabalho cotidiano, que envolve desde o manejo do pasto e cuidado com o bem-estar dos animais até o preparo e a venda do queijo aos consumidores.

 

 

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Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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