Região mineira é responsável por mais de 9,5 mil toneladas por ano, conforme estimativa da Emater-MG
Cerrado é responsável por mais de 30% de todo QMA produzido no Estado | Crédito: Divulgação / EMATER-MG
O Cerrado é a maior região produtora de Queijo Minas Artesanal do Estado (QMA). Ela é formada por 19 municípios, que são responsáveis por mais de 30% de tudo que é produzido em Minas Gerais. São mais de 9,5 mil toneladas por ano, conforme estimativa da Emater-MG. “E este dado pode ser ainda maior”, comenta a coordenadora técnica estadual da Emater-MG, Maria Edinice Rodrigues.

Além do Cerrado, existem outras nove regiões oficialmente caracterizadas em Minas Gerais: Araxá; Campo das Vertentes; Canastra; Diamantina; Entre Serras da Piedade ao Caraça; Serra do Salitre; Serras da Ibitipoca, Serro e Triângulo Mineiro.

O QMA do Cerrado conquista paladares país afora pelo seu sabor suave e massa cremosa. Outra característica da região é reunir produtores de diferentes portes, desde familiares a grandes empreendedores, como Eudes Braga, de Carmo do Paranaíba, um dos maiores produtores da região.
Ele começou pequeno, em 2004, com apenas uma bezerra. Em 2005, já havia adquirido mais novilhas.

Dois anos depois, iniciou efetivamente a produção do queijo e, em 2008, já tinha conquistado a certificação. Atualmente, produz cerca de 400 quilos de QMA por dia. “Identificamos um mercado exigente, que queria consumir esse produto, mas com qualidade. A grande vontade que nasceu foi essa, produzir um queijo com qualidade, rastreabilidade e certificação”, comenta.

Nessa trajetória contou com suporte da Emater-MG. “Aqui na região do Cerrado, a Emater trabalha junto aos produtores há bastante tempo, no sentido de melhorar a qualidade do produto, que já tem uma identidade própria. Mas é importante ser feito dentro das boas práticas de produção e fabricação”, reforça a coordenadora regional da Emater-MG, Mara Mota.

Boas práticas

A fazenda de Eudes Braga produz cerca de 12 mil litros de leite por dia, sendo que 4 mil são destinados à produção do queijo. Os animais são cuidados em um ambiente confortável, climatizado, comida de qualidade. O bem-estar animal e as boas práticas estão presentes em todo processo, desde o curral, passando pela ordenha, até a fabricação. Na queijaria, higiene é a palavra de ordem. Mesmo sendo uma produção grande, o processo é totalmente artesanal. No leite vai apenas o pingo, que é parte do soro coletado da produção anterior, e que vai garantir sabor especial ao queijo.

“Para fazer um bom queijo, é fundamental a qualidade do leite, a qualidade sanitária e o fator nutricional dos animais, além das boas práticas. Aqui na fazenda e em todo o Cerrado, a nossa preocupação é ter um produto diferenciado, que leva qualidade e todo nosso terroir”, ressalta o produtor.

Identificação de origem

A história e dedicação dos produtores, as características do Cerrado mineiro, de clima, solo, água, o tipo de animais criados por lá, tudo isso gera uma identidade única para o queijo do Cerrado, que conquistou, em agosto de 2023, o reconhecimento de Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

O pedido de Indicação Geográfica, na espécie Indicação de Procedência (IP), foi solicitado pela Associação de Produtores de Queijo Minas Artesanal do Cerrado (Aprocer). A Emater-MG participou de todo processo, auxiliando na coleta e organização de toda documentação e informações que subsidiaram a conquista da IG. Para Eudes Braga, o selo garante rastreabilidade para o queijo e confiabilidade para o consumidor. (Emater-MG)

Nesta segunda parte da entrevista, Damián e Cristina da NZX falaram sobre o Global Dairy Seminar, um evento importante que ocorrerá em alguns dias em Cingapura, e sobre os novos mercados que impulsionarão a demanda por produtos lácteos nos próximos anos.

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