O Grupo Técnico de Sanidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na quarta (7), para discutir a atuação dos estados na concessão do Selo Arte e um projeto de lei que propõe a expansão do Selo para produtos de origem vegetal e bebidas.

queijo artesanal Wenderson

Brasília (07/04/2021) – O Grupo Técnico de Sanidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na quarta (7), para discutir a atuação dos estados na concessão do Selo Arte e um projeto de lei que propõe a expansão do Selo para produtos de origem vegetal e bebidas.

O Selo Arte, criado pela Lei nº 13.680, de 14 de junho de 2018, chancela a qualidade dos produtos de origem animal produzidos de forma artesanal e permite a comercialização em todo o território nacional.

Na reunião virtual, a assessora técnica da CNA, Marina Zimmermann, afirmou que o Selo é uma oportunidade de agregação de valor aos produtos, especialmente pelos pequenos produtores e da agricultura familiar, mas precisa ser fomentado e efetivamente operacionalizado.

“Os alimentos artesanais e tradicionais têm um apelo muito grande hoje em dia. Com o Selo, os produtores podem ampliar o mercado consumidor potencial, uma vez que o comércio passa a ser realizado em todo o Brasil”.

Marina explicou que 176 mil produtores de leite no país fabricam queijos artesanais como estratégia de agregação de valor. Isso representa, aproximadamente, 15% dos estabelecimentos rurais que produzem leite, conforme o Censo Agropecuário 2017.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), até março deste ano, foram concedidos 84 selos. Entretanto, São Paulo enviou mais 6 selos para produtos cárneos, totalizando 90.

GT de sanidade

Os representantes das Federações de Agricultura dos estados também relataram as principais dificuldades na concessão do Selo Arte. Durante o encontro, Marina Zimmermann apresentou um esboço de proposta da Confederação para expandir o Selo Arte para produtos de origem vegetal e bebidas.

O documento também inclui uma contraproposta ao Projeto de Lei 2775/2019, que estabelece novo marco regulatório para produtos alimentícios. “Se o texto for aprovado da forma como está, tudo o que foi construído com relação ao Selo Arte, como normativa e regulamentação, terá sido em vão”, disse.

O Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais do Sistema CNA/Senar também foi mencionado na reunião do GT de Sanidade. O programa oferece soluções e alternativas ao pequeno e médio produtor rural que auxiliem na sua profissionalização e na capacidade de agregar valor a esses alimentos.

Desde o seu lançamento, em 2019, mais de 4 mil produtores já foram cadastrados, sendo 72,5% empreendedores familiares. Dentre os produtos inscritos, 27,8% são doces, compotas e geleias, 22,6% queijos, 19,8% doce de leite e derivados, 14,5% especiarias, temperos e pimentas, 11,5% mel e 5,9% café.

Ainda na reunião, a coordenadora de Produção Animal da CNA, Lilian Figueiredo, citou o andamento do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica nos estados e o papel da CNA na divulgação da vacinação e comunicação com o produtor rural.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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