A Diretoria da Conaprole oficializou a baixa do preço do leite ao produtor no mês de agosto. O presidente da cooperativa, Gabriel Fernández, declarou nesta terça-feira ao programa ‘Lechería en el Uruguay’ da Rádio Oriental que “ninguém poderia imaginar” ou prever a forte queda verificada na plataforma digital da Fonterra nos últimos meses.
Ele disse ainda que como resultado da mobilização dos produtores brasileiros para interromper as importações de lácteos, a Conaprole já enfrenta alguns atrasos na entrada de produtos na alfândega brasileira e outros inconvenientes que já ocorreram no passado.
Fernández disse que, em função dos números da cooperativa, da evolução do mercado interno e o que já está vendido ao mercado brasileiro (ainda persiste alguma dúvida hoje, sobre a entrada efetiva), a Diretoria resolveu reduzir “em 15% o valor dos sólidos”, e retirar a bonificação sazonal de 11%. A cooperativa está com bons níveis de sólidos em agosto (3,87% de matéria gorda e 3,57% de proteína), com uma captação que cresce à taxa de 2,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. “O preço médio para agosto será mais ou menos em torno de UY$ 13,80/litro (US$ 0,36/litro)”, estimou o presidente da Conaprole. A cooperativa pagou o preço médio de US$0,46/litro no último mês do exercício (2022/23) que encerrou em julho.
“Este preço é para agosto. Lamentavelmente não podemos deixá-lo em setembro. Temos que fazer mais cortes porque a situação está muito volátil e tampouco podemos assegurar o que acontecerá e quanto mais baixo será o preço na primavera. Podemos dizer hoje, que voltaremos a baixar”, explicou. O executivo informou que nas próximas semanas a cooperativa continuará comunicando seus sócios sobre as possibilidades de negócios de exportação para poder definir o preço do leite ao produtor.
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