A Danone Brasil apresentou sua nova embalagem de 100g para produtos como Activia, Danoninho e Actimel.
Leve, resistente e inspirada nos padrões da natureza, a novidade representa um avanço na jornada da empresa rumo à economia circular e à redução de impactos ambientais.
O design da embalagem é resultado de uma parceria entre a Danone, a Graham Packaging, a consultoria Amazu Biomimicry e o laboratório Cazoolo, da Braskem. A proposta vai além da estética: adota princípios da biomimética — ciência que se inspira em soluções da natureza — para entregar eficiência e sustentabilidade.
A textura hexagonal do pote, inspirada em estruturas como colmeias, carapaças e trombas de elefantes, garante maior resistência com menos material. Isso permitiu uma redução de 8% no peso da embalagem sem comprometer sua segurança ou funcionalidade, fator crucial para processos logísticos e industriais.
“Desde 2015, já reduzimos globalmente em 38% nossas emissões de carbono. Essa nova embalagem reforça nosso compromisso com soluções inovadoras e ambientalmente responsáveis”, afirmou Gustavo Alvarez, diretor de Pesquisa e Inovação da Danone Brasil.
Inovação colaborativa e tecnologia avançada
O desenvolvimento da embalagem ocorreu em apenas cinco dias, utilizando a metodologia Design for Environment (DfE), que inclui avaliação de ciclo de vida (ACV) para medir impactos ambientais desde a concepção até o descarte.
A equipe multidisciplinar utilizou impressoras 3D para testar protótipos em tempo real, acelerando o desenvolvimento e garantindo desempenho técnico e qualidade. Para Mathew Joseph, diretor geral da Graham Packaging, “o trabalho conjunto foi essencial para alcançar uma solução que unisse inovação, desempenho técnico e ganhos ambientais”.
A natureza como designer principal
“A natureza é a maior designer de soluções sustentáveis”, defende Giane Brocco, CEO da Amazu. A consultoria aplicou o método Bio Sprint ao projeto, trazendo princípios evolutivos naturais para o design da embalagem, o que resultou em alta performance com menor impacto ambiental.
Segundo Brocco, o uso inteligente dos materiais e a otimização estrutural inspirada na natureza representam um avanço não só técnico, mas ético e regenerativo. A embalagem visa não apenas reduzir danos, mas gerar benefícios no longo prazo para os ecossistemas.
Meta: cortar plástico virgem em 50% até 2040
A nova embalagem está inserida na estratégia ambiental da Danone, que pretende reduzir em 30% o uso de plásticos virgens até 2030 e em 50% até 2040. “Queremos unir inovação e sustentabilidade em cada etapa da cadeia de valor”, disse Mário Rezende, vice-presidente de Operações e Sustentabilidade da Danone Brasil.
A iniciativa está alinhada ao programa Jornada Flora, que incentiva práticas regenerativas nas fazendas fornecedoras de leite, e à meta da certificação B Corp global até 2025 — a Danone já possui essa certificação no Brasil para todas as suas marcas.
Embalagem como extensão do propósito
Com o slogan One Planet. One Health, a companhia reafirma a conexão entre a saúde das pessoas e a saúde do planeta. O novo pote não é apenas um avanço técnico, mas um manifesto visual da ambição climática e regenerativa da empresa.
Para o mercado lácteo, a iniciativa da Danone pode se tornar referência no desenvolvimento de embalagens com menor impacto ambiental, sem abrir mão da eficiência industrial. Num setor que busca alternativas ao plástico convencional e à pegada de carbono elevada, soluções como essa ganham relevância.
A embalagem já começou a ser implementada em linhas selecionadas e será gradualmente adotada em todo o portfólio da marca, mantendo a usabilidade para o consumidor e a performance na cadeia logística.
*Adaptado para eDairyNews, com informações de Portal do Agronegócio