Roraima já teve uma produção significativa de leite, contando com laticínios que produzem diversos tipos de queijo.
A comercialização do leite era dependente desses laticínios, que compravam toda produção dos produtores a preços arbitrários. Muitos produtores abandonaram a atividade devido a essa prática, o que, por sua vez, inviabilizou os laticínios, deixando-os sem matéria-prima para suas atividades.
Atualmente, existe um programa de recuperação da atividade leiteira em Roraima. Conhecendo o histórico e os erros cometidos, este programa precisa reestruturar todo o sistema.
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O incentivo não pode se limitar ao financiamento de animais de boa genética a juros baixos; esses animais precisam de especificações de alimentação de qualidade, e os produtores devem receber acompanhamento técnico qualificado para garantir que esses animais de alta qualidade genética resultem bons produtores de leite.
É fundamental fomentar a atividade por meio de cooperativas que garantam um preço justo de compra do leite, sem inviabilizar os produtores. Além disso, é necessário ter estradas de qualidade para permitir a coleta diária do leite, bem como refrigeradores para o armazenamento correto, evitando que ele estrague e perca suas propriedades. É essencial que se tenha infraestrutura de qualidade para viabilizar a logística de forma correta para obter o sucesso da atividade.
A criação de uma bacia leiteira não é uma novidade; existem numerosos exemplos bem-sucedidos em todo o Brasil. Basta buscar esses modelos de sucesso e replicá-los. Desejamos todo o sucesso aos bravos produtores de leite e aos laticínios que beneficiam e possam tornar a cadeia toda viável. Com aquela máxima das políticas de negociação, que seja do tipo, ganha x ganha.