Comemorado nesta segunda-feira, 20 de janeiro, o Dia Mundial do Queijo é uma data que celebra o alimento que faz parte da gastronomia de diversas culturas ao redor do mundo. O queijo é consumido de várias formas, em texturas e cortes diferentes, sendo ingrediente de uma infinidade de preparações.
O Brasil é um celeiro de queijarias que se destacam pela produção de queijos e por terem uma história de tradição, transmitida de geração em geração. São empresas com fabricação de itens que atendem o mercado nacional e internacional — e até receberam prêmios por seus trabalhos. Para celebrar a data, PEGN selecionou três que se destacam no setor.
Catupiry
A Catupiry foi criada em 1911 como uma empresa 100% brasileira — hoje coleciona mais de 100 produtos no portfólio, com requeijão, cream cheese, queijos especiais, fondue, pães de queijo, petiscos, salgados, pizzas artesanais e linha vegana. Segundo a página da marca, o nome significa “excelente” em tupi-guarani.
A ideia surgiu de uma receita da família que ensinava a fazer o requeijão de consistência cremosa. Com fabricação artesanal, o produto depois de pronto era envolvido em papel celofane e cuidadosamente arrumado dentro de pequenas caixas de madeira, de formato redondo.
Em pouco tempo, a fama da cremosidade especial do requeijão se espalhou pela localidade. Após rápido crescimento dos negócios em toda a região, a fábrica foi transferida para São Paulo em 1949. Em 1973, Catupiry foi nomeado “o requeijão do Brasil” no Dicionário Internacional de Queijos Les Fromages, editado pela Les Editions Larousse.
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Ao longo da sua história, a Catupiry acumulou vários prêmios nacionais e internacionais. A empresa já vende vários itens das linhas de produtos para os Estados Unidos, Canadá e alguns países da América do Sul.
A empresa também conta com a loja Empório Catupiry, localizada na cidade de São Paulo, possui um charmoso ambiente, em que os clientes podem encontrar todos os produtos da empresa — incluindo canecas, bowls, aventais, bolsas térmicas.
Teixeira
Atuando desde 1950 no ramo alimentício, a Teixeira se tornou muito conhecida pelo queijo ralado. Segundo o site da empresa, Solon Teixeira de Rezende iniciou as operações da Laticínios Teixeira ao lado de seu pai, Jerônimo Teixeira, e dos irmãos José e Juarez, com foco nas regiões de São Paulo e Sul de Minas. Dez anos e duas novas fábricas após o início das atividades, a empresa lançou o primeiro queijo parmesão ralado do mercado brasileiro.
Na década de 1970, a Teixeira expandiu suas operações com a aquisição de mais fábricas, consolidando sua presença em São Paulo e Minas Gerais, e estabeleceu diversos pontos de recepção de leite nesses estados. O crescimento foi notável, alcançando 220 milhões de litros de leite captados por ano no final da década.
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Em 1989, a empresa passou por uma reestruturação societária e operacional, com o objetivo de se preparar para a economia globalizada que se desenhava. Nesse contexto, foi criada a S. Teixeira Produtos Alimentícios Ltda., com Solon Teixeira de Rezende e Solon Teixeira de Rezende Júnior à frente.
Na década seguinte, a empresa vendeu sua divisão de leite para a Parmalat e passou a contar com parceiros e fornecedores em diversos estados brasileiros e no exterior, incluindo Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Europa e Mercosul. Isso proporcionou à Teixeira maior acesso a diferentes matérias-primas, embalagens e tecnologias. Também foi nesse período que a empresa iniciou a exportação de queijo ralado para o Japão e começou a ser reconhecida com prêmios nacionais e internacionais.
Em 2008, a Teixeira reformulou seu logo e modificou a embalagem do queijo ralado. Dez anos depois, intensificou seus investimentos em comunicação e marketing, com o objetivo de estreitar o relacionamento com os consumidores.
A partir de 2020, começou a ter produção própria de queijo para ralar, garantindo “total controle sobre os processos de produção, o que permite oferecer qualidade superior e maior variedade de produtos ao mercado”.
Laticínios Nosso
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A Laticínios Nosso, proprietária da marca Millano, é uma empresa familiar fundada em 1992 pelo técnico em laticínios Moacir Lucas Vidal. O empreendedor adquiriu experiência trabalhando em grandes empresas do Brasil e da América do Sul — mas sempre quis ter seu próprio negócio. Ele e a esposa, Aparecida Moraes, deram início à produção de queijos de forma artesanal em uma pequena casa na zona rural de Antônio Carlos, em Minas Gerais.
O casal já tinha o primeiro filho e aguardava o nascimento de outro, diz o site da marca Millano. Os filhos, Igor e Yuri de Lucas Moraes, também se uniram ao empreendimento posteriormente.
Desde o início, o foco da produção foi o queijo do reino, que até hoje é o carro-chefe da empresa, já que a geografia e as condições climáticas da Serra da Mantiqueira são ideais para a produção. O negócio se descreve o maior produtor de queijo tipo reino do Brasil, fabricando as marcas Millano, Palmyra e Borboleta.
Em 2020, o filho Igor criou a loja online Imantiqueira para alcançar mais clientes. O site cresceu rapidamente e, para acompanhar esse crescimento, foi necessário migrar para uma das maiores plataformas de e-commerce do Brasil. A empresa também firmou parcerias com transportadoras para ter maior agilidade nas entregas.