Duas ameaças de naturezas completamente diferentes estão pressionando os preços do lácteos e existem economistas revendo suas projeções até o final da temporada.
A ameaça global, chamada coronavírus e a seca doméstica, surgem na segunda metade da estação.
O coronavírus empurra os preços para baixo, enquanto a seca, ao contrário, tem potencial para sustentar os preços, mas, irá refletir na renda dos agricultores pela queda no volume produzido.
Os preços do GlobalDairyTrade caíram pela segunda vez consecutiva e o índice geral atingiu o menor nível em pouco mais de um ano.
A Fonterra está mantendo a faixa de pagamento aos produtores muito ampla – NZ$ 7,00 e NZ$ 7,60 por quilo de sólidos (kgMS) – portanto, é improvável que reveja suas projeções em um futuro próximo, a menos que a variação dos preços globais entrem em colapso.
No entanto, os economistas dos bancos, que projetam preços mais justos do que a Fonterra, estão começando a rever suas posições.
“Essas mudanças nas previsões refletem o impacto do coronavírus (para baixo) e da seca na Nova Zelândia (para cima). Também revisamos a previsão do crescimento da produção de leite na temporada 2019/20, em -0,5% e estamos atentos às consequências da seca na produção agrícola e na renda das principais regiões leiteiras. O impacto no preço do coronavírus foi modesto até o momento. Nossa previsão pode exigir mais ajustes nos próximos meses. Também observamos que, para alguns agricultores afetados pela seca, a produção perdida será o impacto mais significativo nos resultados financeiros dos produtores”, disse Nathan Penny do banco ASB.