Apesar da devastação deixada pela enchente no Rio Grande do Sul, criadores de gado leiteiro e indústrias retomaram as atividades nesta semana
Tecnologia e gestão vêm garantindo a produção leiteira Foto: João Vitor Secco/Arquivo Pessoal
Tecnologia e gestão vêm garantindo a produção leiteira Foto: João Vitor Secco/Arquivo Pessoal

Com o recuo das águas no Vale do Taquari e em outras regiões do Rio Grande do Sul, a captação de leite vem sendo retomada. Desde terça-feira (7), diversas propriedades voltaram a ser acessadas pelos caminhões de leite das indústrias e a coleta tende a aumentar nos próximos dias.

Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, é importante informar à população que não faltará leite no varejo nem para o abastecimento das vítimas. Indústrias associadas ao Sindilat estão dando início a campanhas de arrecadação de recursos, entrega de donativos, materiais de higiene e água aos desabrigados.

Cheia interrompeu colega de leite nas propriedades

Com o volume de chuva do último final de semana, o sistema de coleta de leite nas propriedades teve maior prejuízo no domingo (5). A interrupção de estradas, a morte de animais e o alagamento de propriedades rurais foram as principais razões da interrupção do serviço.

Segundo levantamento do Sindilat, cerca de 3 milhões de litros deixaram de ser coletados até o domingo no Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (6), a situação já começou a ser restabelecida muito em função do apoio entre indústrias.

“As empresas estão se ajudando, captando leite de todos os produtores possíveis, daqueles que são seus fornecedores e os que não são também. É a forma que encontramos de garantir renda para essas famílias e não prejudicar ainda mais o abastecimento”, comenta.

Segundo o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, a situação é crítica. “Mais importante nesse momento é preservar vidas e apoiar as famílias atingidas”, frisou, lembrando que o setor lácteo é um dos mais ramificados da economia gaúcha com atuação em 493 dos 497 municípios gaúchos.

“Estamos preparados para dar aos produtores o suporte necessário para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Se agora estamos em dificuldade devido à ramificação de nossa captação também será ela que irá nos permitir fomentar uma retomada pulverizada do nosso Estado”, destacou Portella.

Indústria também sente os impactos da enchente no RS

Na indústria, registram-se impactos de abastecimento. Já há falta de produtos como embalagens, itens de limpeza e químicos, uma vez que esses produtos vêm de outras regiões do Brasil e estão retidos nas estradas sem acesso ao Rio Grande do Sul.

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A avalanche de produção de leite que a região da Oceania produzia para abastecer o Sudeste Asiático, mas principalmente o mercado chinês, explodiu no ar. As consequências desse fato pela Australia foram sentidas nos últimos dois anos. Uma coluna escrita da Argentina.

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