Em 2023, a produção estadual foi de 365 milhões de litros de leite, mas a meta é ambiciosa: quase dobrar esse volume e alcançar 700 milhões de litros anuais até 2032.
Para transformar esse cenário, o Governo do estado está executando o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Cadeia do Leite, uma iniciativa estruturada com foco em inovação, sustentabilidade e agregação de valor.
O plano contempla cinco eixos principais:
- Agregação de valor: visa fortalecer indústria, cooperativas e queijarias;
- Tecnologia no campo: incentivo à modernização para aumentar produtividade nas fazendas;
- Sustentabilidade: práticas que garantem a preservação ambiental;
- Qualificação: capacitação de produtores, técnicos e trabalhadores do setor;
- Consumo: estímulo ao mercado interno e valorização dos produtos capixabas.
Entre as ações já realizadas, destacam-se a entrega de 110 ensacadoras de silagem, beneficiando mais de 3.500 produtores rurais e garantindo alimentação adequada aos rebanhos nos períodos de estiagem.
Além disso, o governo distribuiu sêmen de touros leiteiros com genética aprimorada, contribuindo para o melhoramento dos rebanhos e o aumento da produtividade.
Embora tenham surgido em locais diferentes, todas compartilham uma origem comum: foram criadas para escoar e agregar valor à produção de pequenos e médios produtores rurais, fortalecendo a agricultura familiar e garantindo o sustento das famílias no campo.
Esse é simbolismo por trás dos itens comercializados pelas cooperativas Cavil, Clac, Colamisul, Nater Coop e Selita.
Cavil
Na divisa com o Rio de Janeiro, no município de Bom Jesus do Norte (ES), a produção de laticínios é liderada pela Cavil, que reúne 589 produtores de leite — a maioria do estado vizinho. Em 2008, a cooperativa inaugurou uma nova fábrica de laticínios em Bom Jesus do Itabapoana (RJ), onde também funciona um empório próprio.
A Cavil beneficia o leite de seus cooperados e oferece uma linha variada de produtos: leite pasteurizado integral e desnatado, leite UHT integral, queijos muçarela, minas, prato, coalho e frescal, além de requeijão (em barra e cremoso), manteiga, iogurte e bebidas lácteas fermentadas.
Com foco na expansão, a cooperativa está prestes a inaugurar seu segundo empório, em Bom Jesus do Norte (ES), que também abrigará uma loja veterinária.
Clac
Em Alfredo Chaves, quem lidera a produção de laticínios é a Clac. A cooperativa fabrica iogurte, queijos, doce de leite, requeijão, manteiga e até mistura de requeijão com amido. Além da indústria de laticínios, mantém uma loja agropecuária e um supermercado.
Fundada em 1962, a Clac conta hoje com 107 colaboradores e 264 cooperados. Em outubro de 2024, a cooperativa comemorou 62 anos de atuação. No ano anterior, deu um importante passo rumo à expansão, com a inauguração da nova fábrica da linha Alfredense.
Colamisul
Em Mimoso do Sul, a Colamisul alia qualidade e tradição. Fundada em 1954, a cooperativa atua na preparação e comercialização de leite e derivados, com sede no município.
Seu portfólio inclui doce de leite (pastoso e em tabletes), queijos minas frescal, minas padrão, muçarela e prato, além de requeijão, manteiga, iogurte e leite pasteurizado (integral e desnatado).
Nater Coop
Embora não atue exclusivamente com laticínios, a Nater Coop é destaque nesse segmento. Fundada em 1964, em Santa Maria de Jetibá, a cooperativa é hoje uma das maiores do Espírito Santo. Em 2019, incorporou a Cooperativa Veneza, cuja marca de laticínios é muito conhecida pelos capixabas.
A Nater Coop também administra o primeiro condomínio leiteiro do estado, localizado em Sooretama, com 301 vacas (sendo 219 em lactação), que produzem cerca de 3,1 mil litros de leite por dia.
Selita
Com tradição consolidada, a Selita é a cooperativa mais antiga em atividade no Espírito Santo. Fundada em 1938, acumula 86 anos de história. Sediada em Cachoeiro de Itapemirim, reúne atualmente 1.111 cooperados, distribuídos por 35 municípios capixabas.