Fatores que diminuem a produção de leite.
leite
Na maior parte do Estado, a estiagem está causando prejuízos diretos na produção de leite.

 

De acordo com levantamento da Emater/Ascar, vários fatores estão contribuindo para a queda de produtividade, como a redução da oferta de forragens e o estresse térmico, prejudicando o bem-estar das matrizes, além da falta de água nos açudes e bebedouros para dessedentação dos animais.
Segundo a Emater, as temperaturas ambientais elevadas têm aumentado a necessidade de sombra e de água para os animais a fim de evitar o estresse calórico e, consequentemente, as perdas produtivas e reprodutivas do rebanho.
Conforme o levantamento, apesar de não haver registro de queda significativa no preço do leite, a margem de lucro do produtor segue baixa devido à necessidade cada vez maior do uso de alimentos conservados.
O jornal Folha do Sul vem publicando uma série de reportagens sobre os prejuízos causados pela estiagem que assola as propriedades rurais da região da Campanha. Na edição de hoje, o foco é a bacia leiteira, que é uma das principais fontes de economia da região e uma das mais afetadas pela escassez de água. A reportagem conversou com produtores rurais que trabalharam com gado leiteiro para saber os reflexos da estiagem na produção de leite.
O produtor Sérgio Hubert, que tem propriedade na localidade da Colônia Nova, disse que ainda não sentiu o impacto mais severo na produção. Ele tem 21 vacas da raça holandesa. Hubert relatou que tinha bastante comida estocada para os animais. “Por esse motivo, ainda não estamos no prejuízo, mas sei que somos uma exceção” ressalvou.
De acordo com Hubert, no pico da primavera, época de abundância de pastagens, a média é de 32,4 litros de leite por animal, mas, hoje, essa produção teve uma redução para 29,7 litros por vaca. Segundo ele, o forte calor, as pastagens secas e a piora na qualidade das águas são os fatores que influenciam para essa redução na produção de leite.
O produtor rural vende toda a produção de leite para a Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), com sede na cidade de Cruz Alta.

Alimento escasso

 

Com uma produção média de mil litros de leite por dia, oriunda de 50 vacas, a propriedade de Armando OTT, no Quebrachinho, sofreu uma queda no desempenho. Agora, a produção média é de 700 litros por dia. Criador das raças Jersey e Holandês, Ott falou que essa diminuição ocorre por dois fatores: a estiagem e a instabilidade no preço do litro do leite pago ao produtor.
el lechero macho vierte leche fresca de una vaca con la ayuda de un dispositivo automatizado para ordeñar vacas. concepto de producción láctea y productos medioambientales. - leche ordeña fotografías e imágenes de stock
Em relação à estiagem, o produtor argumentou que tem como resolver dando comida para os animais que consomem feno, silagem e ração. No que diz respeito ao preço pago pelo litro – segundo OTT , atualmente é de R$ 2,50 -, destacou: “Isso faz com que ocorra a diminuição de leite nas propriedades. Hoje a atividade é insustentável”.
Rosangela Soares Willrich, que tem propriedade na Trigolândia, relatou que um dos principais fatores para a diminuição de leite é a pouca água para as vacas, pastagem quase inexistente existe e um calor muito forte. Segundo ela, só tem sorgo forrageiro, porque o milho plantado foi perdido com a seca. Rosangela falou que, na sua propriedade, há 40 vacas da raça holandesa e que antes da estiagem, cada animal produzia, em média, 30 litros de leite por dia, e, agora, a produção não passa de 25 litros.
A produção da propriedade é vendida para uma empresa que tem parceria com a Cooperativa Agrícola Mista Aceguá (Camal).

O investimento em publicidade e marketing deverá representar 9% das vendas até o fim do próximo ano, informou a Nestlé.

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