As exportações brasileiras de alimentos cresceram 8,5% e atingiram o recorde de US$ 30,7 bilhões no primeiro semestre deste ano, revela levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).
A indústria de alimentos processa 61% da produção agropecuária do País.
A indústria de alimentos processa 61% da produção agropecuária do País.

Em volume, as vendas externas do setor de alimentos aumentaram 19,1% na comparação com os seis primeiros meses do ano passado, somando 37,2 milhões de toneladas. A Abia projeta que as exportações do setor podem alcançar entre US$ 65 bilhões e US$ 68 bilhões no acumulado do ano.

De acordo com a Abia, o crescimento das exportações deve-se, sobretudo, à “forte demanda” por alimentos, impulsionada pelas vendas para os 22 países da Liga Árabe – principal mercado para os alimentos industrializados brasileiros.

A comercialização de alimentos do Brasil para a região alcançou US$ 6,2 bilhões de janeiro a junho deste ano, 35,1% acima do apurado no primeiro semestre de 2023, apontou a pesquisa conjuntural semestral da Abia. “O Brasil, que sempre se destacou como o celeiro do mundo, passou a ser também o supermercado do mundo”, comentou o presidente executivo da Abia, João Dornellas.

O Brasil exporta alimentos industrializados para 190 países.O faturamento total da indústria brasileira no primeiro semestre, considerando exportações e vendas internas, atingiu R$ 586,2 bilhões. O valor é 7,8% superior ao registrado nos primeiros seis meses do ano passado.

A expectativa da Abia para este ano é de avanço anual entre 2,5% e 3% das vendas reais de alimentos industrializados, acompanhando a perspectiva de crescimento econômico do Brasil e no cenário global.Na primeira metade do ano, as vendas de alimentos da indústria para o mercado interno representaram 73% do total, alcançando R$ 441,7 bilhões.

A comercialização interna, segundo a Abia, foi impulsionada pelo canal de food service, no qual as vendas subiram 10,3%, atingindo R$ 124,9 bilhões. “O food service continua a se recuperar depois do impacto da pandemia, influenciado pela ampliação do emprego e da renda no País.

Essa tendência é um indicativo de que o mercado interno está se fortalecendo e se diversificando”, destacou Dornellas.O varejo alimentar cresceu 8,2% em valores nominais, para R$ 316,8 bilhões ao fim de junho deste ano. O desempenho positivo, segundo a Abia, deve-se em parte à estabilidade dos preços dos alimentos industrializados, em meio à maior disponibilidade interna dos grãos.

“As intensas chuvas no Rio Grande do Sul afetaram o preço do arroz, porém, não se percebe interferência no abastecimento. Já o café e o cacau, com oferta reduzida no mercado internacional, mantiveram tendência de alta. Os alimentos produzidos pela indústria contribuíram para frear a inflação dos alimentos no primeiro semestre do ano, ponderou a Abia.

De acordo com dados entidade, a inflação acumulada para alimentos in natura é de 13,57% nos primeiros seis meses deste ano, contra 1,28% dos alimentos e bebidas industrializados.A indústria brasileira de alimentos investiu R$ 21,11 bilhões no primeiro semestre deste ano, 8,7% mais ante igual período do ano passado.

O aporte foi direcionado para a ampliação e modernização de plantas fabris e para a construção de novas unidades. A indústria de alimentos processa 61% da produção agropecuária do País.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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