O Brasil é o principal mercado de importação dos produtos argentinos, com 109.813 toneladas (45% do total), um aumento de 9% em relação a 2023. Ele é seguido pela Argélia, com 25.779 toneladas (crescimento de 70%) e pelo Chile, com 18.889 toneladas (aumento de 13%).
Lácteo. Do volume total exportado, o leite em pó integral responde por 31%.
O setor reagiu positivamente à remoção das tarifas sobre produtos lácteos. Houve um aumento nas exportações, apesar da queda nos preços internacionais. Esse é o resultado do relatório mensal preparado pelo Ministério da Agricultura.

Entre janeiro e agosto, a produção de leite nas fazendas leiteiras atingiu 6,5 bilhões de litros, 11% a menos do que no mesmo período de 2023. O consumo interno foi responsável por 5.069 milhões de litros, e o restante foi absorvido pelas exportações.

As vendas no mercado interno caíram drasticamente. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, as vendas de leite em pó caíram 27% e as de leite fluido, 12,3%. O consumo de queijo também caiu quase 8%.

 

Leia também: Quanto custa para os laticínios latino-americanos atingir a redução de metano visada pelo Global Methane Pledge?

 

“Os produtos de maior valor agregado e unitário, como queijos muito macios, queijos ralados, leites aromatizados, iogurtes, cremes e sobremesas, apresentaram uma grande queda associada ao aumento dos preços e ao atraso no poder aquisitivo do setor médio da população, que demanda mais desses produtos”, explicou o Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA).

No entanto, a organização, que se distingue por analisar a produção e o mercado de laticínios em nível nacional e internacional, destacou que houve uma recuperação do consumo em julho que foi “muito notável” e “moderadamente sustentada” em agosto.

 

Entre enero-agosto, la producción de leche en los tambos alcanzó las 6.500 millones de litros.
Entre janeiro e agosto, a produção de leite nas fazendas leiteiras atingiu 6,5 bilhões de litros.

O contrário está acontecendo com as exportações do setor, que cresceram este ano após a remoção das retenções que pesavam sobre a atividade. De acordo com dados oficiais, entre janeiro e agosto, foram exportadas 239.000 toneladas, 9% a mais do que no mesmo período de 2023.

O Brasil é o principal mercado de importação dos produtos argentinos, com 109.813 toneladas (45% do total), um aumento de 9% em relação a 2023. Ele é seguido pela Argélia, com 25.779 toneladas (crescimento de 70%) e pelo Chile, com 18.889 toneladas (aumento de 13%).

Em termos de moeda estrangeira gerada, nos primeiros 8 meses do ano, as exportações atingiram US$ 871 milhões, quase inalteradas em comparação com o mesmo período de 2023, devido à queda nos preços internacionais.
A esse respeito, o preço médio de exportação por tonelada foi de US$ 3.642 de janeiro a agosto, 7,5% inferior ao de 2023.

EDAIRY MARKET | O Marketplace que Revolucionou o Comércio Lácteo

Do volume total exportado, 31% correspondem a leite em pó integral (mais da metade é vendida ao Brasil), 18% a soro de leite e 15% a mussarela. O restante é queijo semiduro, leite em pó desnatado e outros produtos.

Vale lembrar que o setor de laticínios não paga impostos retidos na fonte desde o ano passado. O ex-ministro da Economia, Sergio Massa, havia beneficiado o setor com a remoção de 9% por seis meses no segundo semestre de 2023.

Em seguida, Javier Milei estendeu essa medida por seis meses, até junho. Por fim, o governo atual decidiu estendê-la por mais um ano, até junho de 2025. Os produtos lácteos eram tributados com taxas de exportação de 9% para leite em pó e 4,5% para queijo, leite fluido, soro de leite e manteiga.

De acordo com o setor, a atividade também se beneficiou da forte desvalorização de dezembro de 2023 e da mistura de dólares (80% do dólar oficial e 20% CCL).

“Devemos estar muito atentos à evolução da taxa de câmbio que, após a forte desvalorização em dezembro de 2023, vem se ajustando em um ritmo muito mais lento do que a inflação e, possivelmente, se essa situação continuar, voltaremos aos valores de setembro de 2023, quando houve um forte atraso na taxa de câmbio e os direitos de exportação e reembolsos estavam em vigor”, analisou o OCLA.

De qualquer forma, o Observatório alertou que a participação dos litros equivalentes de leite destinados à exportação vem caindo.

Entre janeiro e agosto, representou 25,9% da produção total, contra 20,4% no mesmo período de 2023. Mas, se divididas por mês, as exportações representaram 20% da produção total no final de 2023, e já em janeiro a participação das exportações estava em torno de 33,2% da produção total, em fevereiro subiu para 38,6%, em março caiu para 29,4%, em abril ficou em 29,0%, em maio caiu drasticamente para 22,0%, e caiu novamente em junho para 19,7% e se recuperou um pouco em julho (21,6%), caindo novamente para 18,6% em agosto.

 

https://whatsapp.com/channel/0029VaPv8js11ulUrj2kIX3I

 

 

A vaca é um dos animais mais importantes na produção de alimentos, sendo responsável por um dos itens mais consumidos no mundo: o leite.

Você pode estar interessado em

Notas
Relacionadas

Mais Lidos

Destaques

Súmate a

Siga-nos

ASSINE NOSSO NEWSLETTER