Evento busca estimular os investimentos em genética e debater os desafios da atividade leiteira em Minas.
leite
Pela Megaleite passarão mais de 60 mil, pessoas, são mais de 1,2 mil animais expostos com a genética mais avançada da América Latina.

Durante a solenidade de abertura da 18ª Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite (Megaleite) – evento que começou hoje e vai até sábado – representantes da cadeia produtiva do leite ressaltaram a importância da atividade para o desenvolvimento da economia mineira e brasileira.

A exposição – que está no Parque Bolívar de Andrade (Parque da Gameleira), em Belo Horizonte – é importante para estimular os investimentos em genética e também para debater os desafios da atividade. Neste ano, o gargalo enfrentado, segundo o setor, é o aumento expressivo das importações de leite em pó, o que vem causando prejuízos à cadeia produtiva local.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, entidade organizadora do evento, Domício Arruda, a realização da Megaleite é de grande relevância para o setor produtivo, isso, por reunir toda a cadeia, tecnologias, inovações e avanços em genética, o que contribui para o desenvolvimento da produção de leite.

“Inovação, difusão de novas tecnologias, debates relevantes para o setor,  julgamentos, encontros, visitas técnicas, leilões, confraternização, gastronomia, turismo, sim, estamos aqui grandes caravana fazendo turismo em Minas Gerais. Isso é a Megaleite”.

Arruda destacou ainda que o avanço em genética é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento e aumento da produção leiteira, que vem crescendo de forma sustentável. Segundo ele, é preciso que o setor se una para que os pequenos e médios produtores também tenham acesso às tecnologias e ao melhoramento genético.

“No caso da raça girolando, o aumento de produção foi acompanhado de  sustentabilidade. Temos um aumento de 60% na produtividade de nossas lactações oficiais. Aliada a uma redução de 40% das emissões de metano nos 20 últimos anos. Nosso desafio é levar o melhoramento genético e outras tecnologias para propriedades menores”.

 

Antônio Salvo, presidente do Sistema Faemg/Senar; governador de Minas Gerais, Romeu Zema e o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Domício Arruda, durante abertura do Megaleite
Antônio Salvo, presidente do Sistema Faemg/Senar; governador de Minas Gerais, Romeu Zema e o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Domício Arruda, durante abertura do Megaleite

Importações de leite

Durante a solenidade de abertura da Megaleite, o presidente do Sistema Faemg/Senar, Antônio Salvo, classificou o momento atual para a pecuária de leite como desafiador. Isso, devido ao aumento expressivo das importações de leite, provenientes da Argentina e Uruguai.

“No momento dificultoso como esse, de importações ilegítimas, que estão massacrando e nosso produtor, principalmente, o de pequeno porte, precisamos ter atenção a isso. Temos um mercado livre, mas nós precisamos proteger de forma firme quem produz dentro do nosso País. Precisamos que, junto ao governo de Minas, essa questão seja trabalhada”, disse.

O secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, explicou que será criado um documento a ser entregue à presidente da República solicitando providências para conter as importações de leite.

“Vamos ouvir o setor e levar um documento sobre a importação do leite ao nosso vice-presidente, Geraldo Alckmin. A importação de leite desregrada já colocou no nosso mercado 214 milhões de toneladas de leite, praticamente, 10% da nossa produção nacional. A importação de produtos é importante, mas temos que proteger o produtor mineiro e brasileiro e não o produtor, argentino e uruguaio”.

Fernandes destacou ainda que Minas Gerais tem uma produção leiteira pujante e ressaltou a grandeza da Megaleite.

“Pela Megaleite passarão mais de 60 mil, pessoas, são mais de 1,2 mil animais expostos com a genética mais avançada da América Latina. Serão mais de R$ 250 milhões em negócios feitos durante o evento. Os números da pecuária leiteira de Minas Gerais são muito robustos. Produzimos mais de 9,6 bilhões de litros de leite ao ano, somos o maior produtor nacional, geramos mais de 2 milhões de empregos. Somos o setor que movimenta R$ 17 bilhões ao ano”.

 

 

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A venda abaixo do custo de produção, o chamado dumping, está sob investigação no Ministério da Indústria e Comércio.

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