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23 maio 2025
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Em um duro apelo por justiça no campo, o deputado Felipe Mota denunciou na Alece as dificuldades enfrentadas pelos pequenos produtores de leite de Mombaça, reféns da falta de concorrência e da pressão de uma grande empresa do Sertão Central.
Felipe Mota
Deputado Felipe Mota (União) - Foto: Junior Pio

O deputado Felipe Mota (União) ressaltou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), desta quinta-feira (22/05), a necessidade de valorização dos pequenos produtores de leite do Estado.

O parlamentar explicou que foi procurado por uma cooperativa de agricultores do município de Mombaça devido a dificuldades de negociação com a empresa preponderante no Sertão Central.

“Os produtores estão em busca de representatividade, porque a empresa que produz o leite em pó, o leite condensado e tem grandes condições e representatividade no Sertão Central está dificultando qualquer negociação”, assinalou.

Felipe Mota apontou que a produção de leite demanda muitos custos com os animais e com o manejo para que o produto seja entregue com qualidade.

“Em 2023, pedimos isenção da cadeia do leite. O governador Elmano de Freitas isentou, zerou a cadeia do leite, para uma grande empresa, que é vista como a esperança do Sertão Central, dificultar e prejudicar a vida do pequeno agricultor”, disse.

“É preciso ver o lado do pequeno produtor que se arrasta de madrugada com cordas nos ombros, vive com dificuldade e agora está sendo prejudicado por conta da precificação. A falta de concorrência prejudica o mercado”, afirmou.

Em aparte, o deputado De Assis Diniz (PT) também assinalou a relevância de buscar diálogo e negociação entre empresa e produtor. “Essa situação nos preocupa muito. Esse é um período que temos margem de ter uma pequena lucratividade e está sendo feito o oposto, limitando a precificação e a produção.

Quem trabalha com leite tem custos fixos e precisa de mão de obra qualificada. O Ceará produz mais de 1 bilhão de litros de leite no mês, e não podemos ter esse tratamento de uma empresa. Não podemos ter esse monopólio”, frisou.

O deputado Missias Dias (PT) sugeriu debater o assunto na Comissão de Agropecuária da Casa, com a presença dos produtores e segmentos de representantes agropecuários. “Vamos botar esse assunto na mesa para ser solucionado. Não podemos ficar reféns de uma empresa”, disse.

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