Segundo o juiz Fernando Leonardi Campanella, da 1ª Vara do Foro de Amparo, foi destacado que era indiscutível que tinha ocorrido abuso de direito e quebra do dever de boa-fé objetiva. Ele mencionou que a empresa havia inicialmente buscado a ajuda do Poder Judiciário por meio do pedido de recuperação judicial, alegando a intenção de reequilibrar as finanças e organizar as dívidas descontroladas. No entanto, segundo ele, o verdadeiro propósito da empresa era enganar os credores.
No mês de abril deste ano, a empresa solicitou à Justiça a substituição do administrador judicial encarregado de seu processo de recuperação judicial. Surgiu um desentendimento entre os advogados da empresa e os fiscais judiciais, chegando o administrador judicial a requerer a falência da empresa em mais de uma ocasião.
Uma das principais fontes de discordância dizia respeito ao cálculo dos pagamentos de alguns credores. No entanto, o diretor presidente da Tuiuti, Antonio Roberto Adabo, afirmou na época que não havia recebido queixas por parte dos credores e que a empresa estava seguindo o plano de recuperação estabelecido.
O presidente também ressaltou que continuar sob o regime de recuperação judicial prejudicou o crescimento do negócio, especialmente durante a crise enfrentada pelo setor de laticínios. Além das dificuldades na obtenção de crédito, a empresa deixou de firmar contratos que poderiam contribuir para a melhoria de sua situação financeira, inclusive para a quitação de suas dívidas.