Deve ser divulgado nos próximos dias um decreto que trata do aproveitamento de créditos de PIS e Cofins, restringindo benefícios fiscais de empresas que compram produtores de outros países.
governo
O objetivo é reduzir os incentivos fiscais dos estabelecimentos que compram lácteos de fora do Brasil.
O governo federal prepara mais uma medida para tentar frear as importações de leite dos países do Mercosul. 

Nos próximos dias, deverá ser publicado um decreto que altera a regra para os benefícios tributários concedidos a laticínios, agroindústrias e cooperativas que participam do Programa Mais Leite Saudável (PMLS), do Ministério da Agricultura. O objetivo é reduzir os incentivos fiscais dos estabelecimentos que compram lácteos de fora do Brasil.

 

Importação de leite e derivados do Mercosul têm pressionado os preços pagos ao produtor brasileiro
Importação de leite e derivados do Mercosul têm pressionado os preços pagos ao produtor brasileiro — Foto: Divulgação/Castrolanda

 

Pela regra atual, as empresas que integram o programa podem aproveitar até 50% dos créditos presumidos de PIS e Cofins em relação à compra de leite in natura dos produtores para abater outros impostos federais ou receber o ressarcimento em dinheiro. A contrapartida é que ao menos 5% do valor desses créditos sejam aplicados em projetos que ajudem a aumentar a competitividade da produção nacional, como ações de assistência técnica aos pecuaristas brasileiros.

A pedido do setor produtivo, o governo deverá rever esse item e limitar o benefício de uso dos 50% dos créditos presumidos às indústrias, laticínios e cooperativas que compram apenas a produção nacional. Empresas que importam leite deverão seguir a tributação padrão, com aproveitamento de apenas 20% desses créditos.

A demanda foi apresentada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) ao governo federal em setembro. Para as entidades, é um contrassenso conceder benefícios fiscais a quem fomenta a produção externa ao importar lácteos. O setor diz que, desta forma, o programa – criado para incentivar a competitividade da produção de leite nacional – estaria descaracterizado.

“Deve sair nesta semana uma medida tributária favorecendo produtores de leite do Brasil e diferenciando dos importadores que não terão o benefício dessa medida tributária”, disse Teixeira, em coletiva de imprensa.

 

Segundo ele, está em estudo também o pagamento de uma subvenção aos produtores e a criação de um programa de competitividade para a pecuária leiteira.

O Programa Mais Leite Saudável foi criado em 2015. Desde então, já alcançou mais de 160 mil produtores em 2,8 mil municípios do país, segundo dados abertos do programa consultados no site do Ministério da Agricultura.

Ao longo desses oito anos, foram investidos R$ 820,7 milhões em quase 1,6 mil projetos de atendimento aos pecuaristas. As 774 empresas que apresentaram projetos nesse período usufruíram de mais de R$ 15,5 bilhões em créditos, principalmente nos Estados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Segundo os dados do programa, existem 595 iniciativas vigentes, que atendem mais de 60 mil produtores. Para participar e ter acesso aos benefícios, o laticínio ou cooperativa deve apresentar um projeto ao Ministério da Agricultura, que aprova ou não e faz todo o acompanhamento técnico.

 

Aceda aos nossos melhores artigos aqui 👉 Destaques – eDairyNews-BR🐮🥛✨

 

MAS VENTAS. MENOS COSTOS. MAS FACIL 1024x256 1

 

🥛 No eDairy Market temos todas as categorias de laticínios, todos os produtos e todas as empresas. Nós o representamos.

🥛 Potencialize seus negócios através do eDairy Market:

  • Seu microsite com produtos, marca e domínio de sua empresa a um custo mínimo.
  • Você poderá vender seus produtos e nós não cobramos comissão por venda.
  • Agora você pode vender seus Produtos, Ingredientes e Máquinas Lácteas em Inglês, Espanhol, Português e Chinês Mandarim.

🥛👇 Crie sua própria loja on-line de uma maneira super fácil

 

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

Você pode estar interessado em

Notas
Relacionadas

Mais Lidos

Destaques

Súmate a

Siga-nos

ASSINE NOSSO NEWSLETTER