A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) vão criar um grupo de trabalho para discutir alternativas de curto, médio e longo prazo para fortificar e qualificar ainda mais a cadeia leiteira do Estado, particularmente a vinculada à agricultura familiar. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (03) durante reunião na Seab.
Em 2023, o Paraná se aproximou mais de Minas Gerais na disputa pela liderança do mercado de leite. 
Em 2023, o Paraná se aproximou mais de Minas Gerais na disputa pela liderança do mercado de leite. 
A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) vão criar um grupo de trabalho para discutir alternativas de curto, médio e longo prazo para fortificar e qualificar ainda mais a cadeia leiteira do Estado, particularmente a vinculada à agricultura familiar. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (03) durante reunião na Seab.

“O ambiente rural do Estado está esperando isso de nós, e tem de ser urgente, o governo está disposto a ajudar”, afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza. “Diante das dificuldades que o setor vive, se nada for feito vamos perder mais produtores, e a tendência é que as pessoas não fiquem mais no meio rural”.

Ele acentuou a crença de que é preciso continuar o processo de transformação do leite e agregação de valor ao produto. “Podemos ter os melhores produtores de leite e de queijo do País”, ressaltou. “Mas os custos de produção estão em alta e a renda tem diminuído, é preciso ajudar o produtor e rever o sistema de produção”.

Também presente à reunião, o secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara, destacou que desde a acentuação da crise no setor leiteiro, particularmente em razão das importações, o Estado tomou algumas medidas como a implantação de tributação de 7% na chegada do produto importado no Paraná e a aprovação de legislação que possibilita elevar a alíquota a 19,5%.

No entanto, outra das preocupações para que o produtor se mantenha na atividade é a busca de redução no custo de produção. “Precisamos fazer alguma coisa, encontrar o caminho para baixar esse custo”, disse. Ortigara reforçou que esse é um trabalho que precisa ser feito de forma integrada entre os estados do Sul, que são responsáveis por produzir 40% do leite brasileiro, mas que consomem apenas 15%.

“A minha vinda ao Paraná tem a ver com a tentativa de estabelecer uma parceria com o Estado e é importante ter a ideia da Aliança Láctea, que pega os três estados do Sul, e podemos estender a outros”, disse o secretário de Agricultura Familiar do MDA, Vanderlei Ziger.

Ele ponderou a necessidade de estudar a questão não apenas sob a ótica do aumento da importação de leite em pó de países do Mercosul. “A crise do leite não está em um fator só, e entender essas variáveis é extremamente necessário, precisamos ter um conhecimento mais aprofundado delas”, acentuou.

Além disso, propôs análise de alternativas que possibilitem manter o custo de produção em patamar aceitável, capitalizar o produtor, fortalecer a assistência técnica e promover discussão sobre o modelo de produção mais viável. “Precisamos fazer alguma coisa para salvar o produtor”, afirmou.

Em 2023, o Paraná se aproximou mais de Minas Gerais na disputa pela liderança do mercado de leite. O Estado ficou com a segunda maior evolução na produção entregue a laticínios, com 3.626.378 bilhões de litros nessa modalidade.

Minas Gerais segue liderando o ranking, com 23,8% da captação nacional, mas perdeu 0,8 ponto percentual, já que tinha 24,6% do mercado em 2022. O Paraná, que detém a cidade que mais produz, em Castro, saltou de 14,4% para 14,8%.

PRESENÇAS – Também participaram da reunião a superintendente do MDA no Paraná, Leila Klenk; o diretor técnico da Seab, Benno Doetzer; o chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), Marcelo Garrido; a chefe de Gabinete da Seab, Vera da Rocha Zardo; o oficial de projetos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Valter Bianchini; e o gerente de Cadeias Produtivas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná), Hernani Alves da Silva.

 

 

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Pouring milk in the glass on the wooden table with bokeh background of nature.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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