A prévia, divulgada no dia 21/11, apontava um singelo crescimento de 0,5% em relação ao terceiro trimestre de 2018. Os dados consolidados mostraram-se praticamente fiéis aos valores projetados, demonstrando um crescimento de apenas 0,6%.
No entanto, analisando o acumulado de janeiro a setembro, a captação foi 3,4% maior que o mesmo período do ano passado. Confira a evolução das variações trimestrais anuais no gráfico 1.
Gráfico 1. Captação formal: variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE.
A desaceleração do crescimento tem como justificativa a menor rentabilidade do produtor de leite, visto que o indicador RMCR (receita menos custo de ração) caiu no segundo semestre do ano. Com isso, o acumulado de junho a novembro de 2019 está 7% abaixo do mesmo período de 2018, como mostra o gráfico 2, reflexo da queda de preços pagos ao produtor, em grande parte devido à margem negativa das indústrias na maioria de seus derivados.
Gráfico 2. Evolução do indicador da RMCR.
Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do DERAL/SEAB/PR e do Cepea.
Avaliando mais especificamente a variação de produção entre as principais bacias leiteiras do Brasil, o volume de captação formal no terceiro semestre de 2018 na Região Centro-Oeste apresentou queda de 1,9% comparado ao 3º trimestre de 2018. Comparando os mesmos períodos, a regiões Sudeste apresentou 1,2% de crescimento, enquanto a região Sul permaneceu estável. Em contrapartida, o volume no Nordeste elevou em 9,2%, impedindo um recuo mais acentuado na captação brasileira geral.