O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) teve um aumento de 3,3% no mês de maio de 2024. Essa é a segunda leitura do ano com inflação, conforme dados divulgados pela Assessoria Econômica da Farsul nesta quinta-feira (11/07).
Houve uma valorização considerável nos preços da soja e do milho (1,3% e 6,3%, respectivamente), e alta de 7% na energia elétrica, o que impactou diretamente nos custos do período.
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No acumulado do ano, o ILC ainda se mantém deflacionário, em 7%. É um comportamento que continua seguindo a tendência apresentada no Índice dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) dos períodos. O IIPR apresenta uma queda de 9,8% no acumulado do ano.
“Quando analisamos o comportamento acumulado em 12 meses é visível uma mudança de tendência no índice, no mês anterior a deflação acumulada era de 19%, para leitura de maio passou para 3,3%. Os dados fiscais preocupantes do Brasil geraram uma desvalorização cambial do real, o que afetou uma boa parte dos insumos da cesta, criando uma pressão adicional nos preços.
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Essa tendência de avanço da inflação no ILC demonstra correlação com a leitura em 12 meses de outro indicador de inflação de cesta de commodities, o IPA-DI medido pela FGV. No acumulado em 12 meses o IPA-DI apresentou deflação de 0,23% na sua leitura de maio, uma mudança significativa comparada com a leitura do mês anterior de -4,52%”, completa a análise.
Para junho, a expectativa da Assessoria Econômica da Farsul é que o aumento da soja e do milho continue. Um aumento do dólar e do barril de petróleo pode influenciar o preço de fertilizantes e combustíveis. Esse cenário se mostra propício para uma continuidade do movimento inflacionário.