Nas últimas semanas, representantes do setor leiteiro do país levantaram a preocupação com o aumento da presença de leite e derivados vindos especialmente de Argentina e Uruguai e o impacto na produção catarinense e nacional.
Essa é a visão do deputado estadual e líder do governo na Alesc, Edilson Massoco (PL). Ele responsabiliza o governo federal, “pode comprometer a cadeia produtiva catarinense, é preciso encontrar um ponto de equilíbrio, é preciso valorizar nossos produtores de leite”.
Mas de acordo com o Boletim Agropecuário elaborado pela Epagri, a importação é comum na lógica do mercado brasileiro e tem quantidade semelhante de compra no exterior se for comparado ao acumulado de cinco meses de anos recentes.
“Essa é uma lógica de muitos anos que tem relação com os acordos do Mercosul e não de uma decisão de um governo ou outro”, explica o engenheiro agrônomo da Epagri e responsável pelo Boletim do leite do órgão, Tabajara Marcondes.
Ainda segundo levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio recebido em junho deste ano (R$2,67/l) foi 15 centavos menor do que em maio (R$2,82/l).
“Ainda assim, os preços recebidos em todos os meses de 2023 foram superiores aos dos mesmos meses de 2022”, destaca Marcondes. A média do preço recebido no período de janeiro a junho, o crescimento foi de 21%.
Ainda segundo o Boletim, ainda que a compra de leite produzido no Brasil pelas indústrias tenha caído no país, Santa Catarina teve aumento de 4,6% em na comparação entre os primeiros trimestres de 2022 e 2023.
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