A indústria de laticínios da CCGL, cooperativa central que recebe e industrializa a matéria prima de pelo menos 171 mil produtores rurais gaúchos associados em cooperativas locais, lançou no final de fevereiro o primeiro leite em pó rico em proteínas fabricado no Brasil. Com produção iniciada no final de janeiro, o leite enriquecido está sendo produzido na fábrica da CCGL em Cruz Alta, onde recebe doses extras de cálcio e vitaminas C e D. A matéria prima também já é uma fonte natural de vitaminas B1, B3, B5, B12 e magnésio.
O novo produto começou a ser distribuído para as lojas das cooperativas que integram a CCGL e depois para o varejo em geral. Segundo o Diretor Superintendente da CCGL, Guillermo Enrique Dawson Junnior, “a meta é estar vendendo o produto em todos os estados brasileiros até junho de 2024.” O leite em pó proteico está sendo produzido em escala, na planta de Cruz Alta, a maior do Brasil, mas a distribuição deverá acompanhar a campanha de divulgação do produto, pontuou Junnior.
Com dois anos entre sua concepção original até a distribuição, o processo de fabricação contou com o apoio de profissionais externos da área de nutrição, fornecedores especializados e da equipe de desenvolvimento da CCGL. Somando 270 gramas no pacote, o leite em pó rico em proteínas rende nove porções de 200 ml, com 12 gramas de proteína cada.
Ainda de acordo com o diretor da CCGL, este lançamento surgiu da necessidade de atender a três públicos, “aqueles que amam fazer exercício e tem foco no máximo rendimento, para aqueles que vivem na correria e para quem já abraçou a maturidade e busca uma vida mais saudável e repleta de vitalidade.” Trata-se de um produto Clean Label (Rótulo Limpo), termo usado para identificar alimentos sem substâncias artificiais, no caso deste leite da CCGL não há adição de aromas, corantes, lecitinas, estabilizantes ou qualquer outro aditivo. O leite também é livre de gorduras totais ou saturadas.
O novo produto tem potencial para amenizar parcialmente as dificuldades dos produtores rurais, que sofrem com a crise do setor lácteo, causada principalmente pela entrada de produtos importados. Ao adquirir o produto, o consumidor também acaba contribuindo indiretamente para o desenvolvimento de 350 municípios de abrangência da CCGL, pois o valor do ICMS adicionado pela indústria de laticínios é partilhado pelos municípios proporcionalmente ao fornecimento de leite, retornando às comunidades em serviços públicos.