SÃO PAULO (Reuters) – O Índice de Preços ao Produtor (IPP) do Brasil desacelerou a alta para 1% em maio, de 2,19% em abril, registrando a menor variação do ano diante da desvalorização do dólar.
O IPP acumula assim avanço de 35,86% em 12 meses, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o gerente do IPP, Manuel Souza Neto, a desvalorização do dólar em maio foi um dos motivos da desaceleração dos preços ao produtor. Naquele mês, a moeda norte-americana teve queda de 3,795% ante o real.
“Com isso, uma série de produtos cotados em dólar caíram de preço”, explicou.
De acordo com o IBGE, entre as grandes categorias econômicas bens de capital tiveram queda de 0,36%, bens intermediários subiram 0,88% e bens de consumo avançaram 1,48%.
Dentre as atividades que tiveram variação positiva, a maior influência sobre o índice foi exercida por alimentos, que representou 0,35 ponto percentual do total com uma alta de preços de 1,48%.
Souza Neto explicou que o resultado em alimentos tem influência dos preços no mercado externo e da estiagem que ocorreu no Brasil, que afetou a produção do leite.
O IPP mede a variação dos preços de produtos na ‘porta da fábrica’, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.