Técnica tem muitas vantagens, mas representa um custo maior na propriedade.

Por Nosso Campo, TV TEM

 


Inseminação artificial em tempo fixo cresce mais de 15% — Foto: Reprodução/TV TEMInseminação artificial em tempo fixo cresce mais de 15% — Foto: Reprodução/TV TEM

Inseminação artificial em tempo fixo cresce mais de 15% — Foto: Reprodução/TV TEM

A inseminação artificial está cada vez mais presente na rotina da pecuária nacional. Em Tabapuã (SP), visitamos uma fazenda onde 80% do gado nasceram via inseminação artificial.

Paulo Camargo, gerente de pecuária da propriedade, fala que com a técnica é possível aproveitar o material genético dos melhores touros.

Enquanto um macho consegue cobrir no máximo 50 vacas por ano, com a inseminação há potencial para cobrir até 10 mil animais, dependendo da quantidade de sêmen. Ele explica que, assim, dá para acelerar o ganho genético e o intervalo entre as gerações.

A técnica usada até o começo dessa década era a inseminação por meio de observação do cio. Há oito anos, a inseminação artificial em tempo fixo, conhecida pela sigla IATF, passou a ganhar relevância.

A IATF surgiu nos Estados Unidos há cerca de 25 anos, mas começou a ser usada efetivamente no Brasil depois dos anos 2000.

Inseminação artificial em tempo fixo cresce mais de 15%
Inseminação artificial em tempo fixo cresce mais de 15%

Inseminação artificial em tempo fixo cresce mais de 15%

O veterinário Rodrigo Forero, doutor em reprodução animal pela USP, explica que a técnica permite controlar e definir o horário de ovulação e inseminação, o que facilita o manejo e elimina a necessidade de observar o cio.

Ele ainda acrescenta que o método traz outras vantagens: permite realizar diferentes cruzamentos, escolher a data do parto e organizar o manejo. Além disso, diminui o risco de erro na observação do cio.

Rodrigo afirma que, com a IATF, consegue inseminar 100% dos animais que estariam em período fértil. Assim, o intervalo entre os partos diminui. O veterinário comenta que consegue ter vacas parindo todo o mês, o que mantêm a produção constante ao longo do ano.

A IAF tem um custo entre R$15,00 e R$24,00 por animal implantado, fora o sêmen. Rodrigo diz que o produtor precisa avaliar se esse custo compensa.

O uso da IATF na inseminação de gado cresceu 16,1% em 2018 em relação a 2017. Os dados são da Associação Brasileira de Inseminação Artificial. Há 2 anos, foram comercializados 11 milhões de protocolos no país. Ano passado, foram 13 milhões. 86% dos procedimentos foram por IATF.

Em Potirendaba (SP), um sítio utiliza o método há 6 anos no gado de leite. Desde então, o rebanho aumento 30%. Toda a vida da vaca é controlada por um quadro que indica a data que ela foi inseminada, o dia da cria, lactação e a próxima data em que ela será fertilizada.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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