As mudanças tecnológicas vêm avançando e cada vez mais impactando a sociedade. Novas formas de trabalho, novas formas de lazer. Novas formas de comprar, novas formas de vender. E nesse emaranhado de novidades surgiu o comércio conversacional, ou c-commerce. E como muito do mundo digital, acabou acelerado pela pandemia.
“O que o c-commerce busca é conseguir ter um relacionamento próximo com os clientes, usando a tecnologia, permitindo que as empresas consigam vender mais, tendo uma afetividade com o outro lado”, revelou Javier Mata, CEO e fundador da Yalo, plataforma que utiliza a omnipresença das mensagens instantâneas e a Inteligência Artificial na tentativa de ajudar os negócios a reintroduzirem a conversação no comércio, em entrevista exclusiva à Mercado&Consumo.
Pensando em difundir cada vez mais esse conceito, no último dia 21, na Cidade do México, a empresa organizou o “Yalo Conect IA”, evento que debateu as novidades do c-commerce e trouxe alguns cases de sucesso de grandes players do mercado.
“Um encontro que traz a validação do c-commerce, além de uma oportunidade de conhecimento para quem ainda não está 100% familiarizado com o tema. E também a oportunidade de compartilharmos conceitos e produtos disruptivos que vão impactar o mercado”, afirmou Phil Sebok, CRO da Yalo.
A plataforma de comércio conversacional da Yalo inclui soluções de relacionamento, campanhas de marketing, help desk e commerce. A expectativa da empresa para os próximos anos é impulsionar os pequenos e médios comércios em suas vendas diretas, não dependendo de equipes para alcançarem suas metas de vendas e levando a cultura conversacional para dentro das empresas.
“Mesmo que o mundo esteja muito digitalizado e utilizando cada vez mais ferramentas tecnológicas, as pessoas continuam sendo pessoas. Lembrar de como você se sentiu em uma compra, de como fizeram você se sentir, no final faz toda a diferença”, afirmou Javi Mata.
Cases e Brasil na mira
Grandes nomes do mercado estiveram presentes no “Yalo Conect IA” compartilhando ideias, conhecimento e debatendo os próximos passos do c-commerce. Coca-Cola, Mondeléz, Bayer, McKinsey, Nestlé, entre outras, contaram um pouco de suas experiência e impressões do atual momento do comércio conversacional.
“Mais do que vender, estamos pensando no ‘sentir’. Temos que entender que a digitalização muda o status quo atual. Hoje mais de 20% da nossa venda acontece pelo WhatsApp. É um número expressivo? Depende da geração que ouve essa informação. Eu acho incrível que 20% das nossas vendas aconteçam por WhatsApp. Mas tem gente mais nova da equipe, de uma geração mais atual, que acha que é pouco”, revelou Eduardo Garcia, diretor-geral da Nestlé Caribe no painel que trouxe um pouco das experiências da Nestlé com a Yalo e o c-commerce.
A tecnologia oferecida pode ser incorporada em qualquer aplicativo de mensagem, mas a bola da vez na Yalo é o WhatsApp, que, de acordo com pesquisa da “We Are Social e Meltwater”, é o aplicativo de mensagens mais usado na América Latina. Segundo o estudo, o WhatsApp passou a ser também o app de mensagens instantâneas mais usada do Brasil: em 2023, 93,4% dos usuários de internet brasileiros de 16 a 64 anos usam o WhatsApp, o que equivale a 169 milhões de usuários.
E teve case brasileiro no pedaço. Wander Smelan, CTO do Compra Agora, marketplace B2B que tem como principal foco resolver a vida do varejo de vizinhança no Brasil, levou um pouco da experiência em c-commerce em parceria com a Yalo. “É muito simples de utilizar. E todo o brasileiro está mais do que familiarizado com o WhatsApp. Sabemos que muitas vezes se gasta muito tempo fazendo ligações. Já pelo WhatsApp você pode estar fazendo inúmeras outras coisas ao mesmo tempo. Sem falar que é um canal que está o tempo todo no seu bolso”, revelou Wander.
E a Yalo quer aproveitar o momento de crescimento, tanto dela como empresa, quanto do c-commerce em si, para entrar de vez no mercado brasileiro. “O que tem se visto ainda no Brasil é praticamente a visão apenas transacional do c-commerce. Utilizar o WhatsApp como forma de pagamento. Mas nós queremos muito mais do que isso. A parte fundamental para o c-commerce no nosso entendimento não é o ponto de transação. Mas sim o que vem antes e depois dele. A digitalização do relacionamento. É passar do c-commerce 1.0 para o 2.0, que eu chamo de ‘comércio de engajamento’. E tem muito espaço para isso no Brasil”, finalizou o CRO da Yalo, Phil Sebok.
Com informações de Mercado&Tech.
Imagens: Gustavo Grohmann
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