ESPMEXENGBRAIND
2 dez 2025
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🥛 Mitos sobre os lácteos ainda assustam — mas a ciência mostra que leite e derivados fazem bem e não são culpados por doenças ou ganho de peso.
🥛 Obesidade, lactose, diabetes, câncer: desmontamos os medos e revelamos o papel real dos lácteos em uma dieta equilibrada.
🥛 Obesidade, lactose, diabetes, câncer: desmontamos os medos e revelamos o papel real dos lácteos em uma dieta equilibrada.

Consumir lácteos faz bem — e entender isso é o primeiro passo para desmontar a avalanche de mitos que transformou leite e derivados em personagens de filmes de terror alimentar.

Obesidade, lactose, câncer, diabetes: tudo parece culpa dos lácteos quando o debate se desvia da ciência e cai na armadilha do medo. Em conversas informais, redes sociais ou documentários “reveladores”, é comum ouvir que somos “naturalmente intolerantes”, que “nenhum outro mamífero toma leite depois do desmame”, ou que “o ser humano não precisa de lácteos”. Mas especialistas lembram que essas frases de efeito não substituem evidências.

Nutricionistas ouvidos em diversas publicações reforçam que doenças complexas — como as citadas em debates inflamados — raramente têm um único culpado. Genética, estilo de vida, sedentarismo, tabagismo, excesso de álcool, idade e alimentação como um todo compõem o cenário real. Atribuir tudo a um alimento isolado é, como definem pesquisadores, “uma simplificação perigosa”.

Outro ponto que costuma ser distorcido é o impacto calórico dos lácteos. Dados citados por profissionais da área mostram que um copo de 200 ml de leite integral representa apenas cerca de 7% das calorias máximas recomendadas para um dia. A versão desnatada, por sua vez, fica em torno de 4%. A diferença existe, mas é pequena — e não transforma o leite em vilão da balança. Ganho de peso acontece quando a ingestão calórica supera de forma consistente o gasto energético, independentemente de qual alimento forneceu esse excedente.

A intolerância à lactose também tem sido tratada como um fenômeno crescente, mas especialistas destacam que ela está muito mais relacionada à evolução genética de algumas populações do que a uma suposta “toxidade” dos lácteos. A lactose é simplesmente o açúcar natural do leite. A dificuldade está numa menor produção da enzima lactase — algo comum, mas longe de ser universal. Além disso, muitos intolerantes conseguem consumir pequenas porções, queijos duros ou iogurtes sem desconforto. E o mercado hoje oferece versões sem lactose, mantendo exatamente o mesmo perfil nutricional.

Outro mito frequente envolve a relação entre leite e diabetes tipo 1 em crianças. Pesquisas de longo prazo, citadas por pediatras e endocrinologistas, acompanharam grupos que consumiram fórmulas hidrolisadas versus leite de vaca até os 6 ou 8 anos. O resultado foi idêntico entre os grupos. Isso desmonta a teoria de que restringir leite reduziria o risco da doença — e muito menos de que seria a causa.

O câncer, talvez o tema mais sensível, também aparece nas discussões sobre lácteos. Revisões científicas amplas têm mostrado que manter uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, fibras e com inclusão de lácteos, pode ajudar na proteção geral do organismo. Evidências consistentes de que os lácteos aumentariam o risco de câncer de próstata ou mama simplesmente não existem. Já benefícios ligados a ossos, músculos e densidade nutricional são amplamente documentados.

O ponto central, segundo nutricionistas, é afastar o ruído e recuperar a informação baseada em fatos. Lácteos são alimentos ancestrais, culturais e presentes na história humana desde que civilizações começaram a domesticar animais. Fazem parte do cotidiano e da identidade gastronômica de inúmeros países. São acessíveis, nutritivos e versáteis. E seguem recomendados por instituições de saúde quando consumidos dentro de um padrão alimentar equilibrado.

Numa era em que teorias virais ocupam espaço, conhecer os dados nos torna menos vulneráveis a manipulações e discursos alarmistas. Leite não é uma poção mágica, mas também não é um perigo. É apenas um alimento — importante, nutritivo e seguro para a maioria das pessoas.

E você? Já tomou seu copo de leite hoje?

*Escrito para o eDairyNews, com informações de EDairyNews Español

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