ESPMEXENGBRAIND
9 jul 2025
ESPMEXENGBRAIND
9 jul 2025
Com crescimento na China e expansão nos EUA e Oceania, The a2 Milk Company aposta em fórmulas infantis e leite líquido A2 como pilares de seu sucesso.
Leite A2 ganha força global com nutrição premium e foco em bem-estar
Leite A2: a aposta neozelandesa que está transformando o mercado global de lácteos.

Enquanto a saúde digestiva ganha protagonismo nas decisões de consumo, o leite com proteína A2 surge como uma alternativa premium para quem busca bem-estar, sem abrir mão dos nutrientes do leite convencional.

À frente dessa tendência está a empresa neozelandesa The a2 Milk Company, que está expandindo seu portfólio em nutrição infantil e produtos lácteos A2 em mercados estratégicos como China, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos.

Segundo a companhia, seu sucesso atual é alavancado por uma demanda crescente por produtos que promovam digestão mais fácil e sejam percebidos como naturais, saudáveis e de alta qualidade. O leite A2 é produzido apenas com vacas que possuem uma variante genética que produz exclusivamente a proteína beta-caseína do tipo A2 — diferente da variante A1, associada a desconfortos digestivos.

A fórmula do crescimento

No primeiro semestre de 2025, as vendas de fórmulas infantis da marca com rótulo chinês cresceram 11,8%, alcançando NZ$ 316,6 milhões, tornando-se o principal motor de receita da companhia. Seu produto a2 Zhichu já detém 5,3% do mercado chinês de fórmulas infantis — o maior do mundo.

O desempenho expressivo é atribuído à posição premium da marca e à crescente valorização da saúde digestiva. No mesmo período, a receita na Ásia cresceu 10,7%, impulsionada principalmente pelas fórmulas infantis, com destaque para os mercados da China e de outras regiões asiáticas.

Leite líquido segue relevante

Apesar do foco crescente em fórmulas infantis e produtos nutricionais funcionais (para crianças, adultos e idosos), o leite líquido A2 continua sendo fundamental para a estratégia da marca. Em mercados como Austrália e Nova Zelândia, as vendas de leite sem lactose da empresa cresceram 11,2%, atingindo NZ$ 103,8 milhões. A participação no segmento de leite sem lactose também subiu de 12,7% para 15,8% em um semestre.

Nos Estados Unidos, o crescimento também foi sólido: as vendas de leite líquido aumentaram 13,4%, com ganho de participação de mercado de 2,2% para 2,4% no segmento premium.

O que dizem os especialistas

A percepção dos consumidores está sendo reforçada por novas evidências científicas. Estudos recentes apresentados no congresso europeu de gastroenterologia pediátrica demonstraram que:

  • Fórmulas infantis sem proteína A1 reduzem o desconforto intestinal e o choro excessivo;

  • Mães lactantes que consomem leite A2 relatam melhor digestão, menos fadiga e melhor resposta imunológica, benefícios também percebidos em seus bebês;

  • Idosos chineses que consumiram leite A2 apresentaram melhora em cognição, memória e tempo de resposta, segundo estudo publicado no Journal of Nutrition, Health and Aging.

De acordo com o Dr. Andrew Clarke, diretor científico da empresa, o avanço da ciência reforça que o verdadeiro benefício do leite A2 está na ausência da proteína A1, associada à inflamação e estresse oxidativo.

Potencial de mercado e próximos passos

O mercado global de leite A2 foi avaliado em US$ 1,5 bilhão em 2024 e pode atingir US$ 3,5 bilhões até 2033, com taxa de crescimento anual composta de 10%, segundo a Business Research Market Insights.

Além da China, mercados emergentes como Vietnã, Coreia do Sul, Índia e países do Oriente Médio têm se mostrado receptivos, enquanto Estados Unidos e Europa seguem impulsionados pela preocupação com a saúde digestiva.

No horizonte da The a2 Milk Company, estão os investimentos na planta de Mataura Valley Milk (adquirida em 2021), que fortalece a capacidade produtiva para fórmulas infantis e pós nutricionais. A estratégia também inclui inovação em embalagens, desenvolvimento de novos formatos funcionais e comunicação focada em valor agregado.

Com um posicionamento firme na interseção entre ciência, marketing e saúde, a empresa neozelandesa mostra que o futuro do leite pode mesmo estar nas proteínas — desde que sejam A2.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Dairy Reporter


Te puede interesar

Notas Relacionadas