Rentabilidade: preço pago ao produtor de Minas Gerais em maio, referente a abril, pode chegar a R$ 2,80, valorização de 5,5%
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Aumento na cotação do leite ocorre em momento de queda nos preços do milho e soja | Crédito: Embrapa/Divulgação
As quedas dos preços da soja e do milho aliadas a uma reação do mercado consumidor podem contribuir para uma melhor rentabilidade na produção de leite em Minas Gerais.

De acordo com os dados do Conselho Paritário entre Produtores de Leite e Indústrias de Laticínios de Minas Gerais (Conseleite-MG), a estimativa é que o valor médio de referência para o litro do leite entregue em abril a ser pago em maio chegue a R$ 2,80, uma valorização de 5,5% frente ao pagamento anterior.

O aumento da cotação do leite ocorre em um momento de queda nos preços dos grãos, com destaque para o milho e a soja, cujos valores recuaram 24% e 21%, respectivamente, em abril. O recuo é importante uma vez que os itens são os principais componentes da ração animal, insumo que corresponde a maior parte dos custos da atividade.

De acordo com a analista de agronegócios do Sistema Faemg/Senar, Mariana Simões, a tendência de aumento dos preços é resultado de uma reação do mercado consumidor e também da menor captação do produto no campo, devido à oferta de pastagem limitada.

“O consumo de leite e derivados reagiu nos últimos meses, refletindo nos preços do setor. Tivemos o início das aulas em fevereiro, pagamento de auxílio e a chegada do inverno, quando é de costume registrar aumento no consumo. O período também é marcado pela queda na captação, uma vez que há uma menor oferta de pastagem”.

Ainda segundo Mariana, além do aumento de 5,5% nos preços a serem pagos aos pecuaristas pelo litro do leite, também houve reajuste nos valores dos derivados. No leite em pó – produto mais fabricado pelos laticínios de Minas Gerais – a alta no valor médio de referência foi de 5,3%, com o quilo negociado a R$ 28,94. O litro do UHT valorizou 12%, chegando a R$ 4,65.

A valorização dos preços é importante para os produtores, que trabalham com margens apertadas.

Ração

Outro ponto que pode contribuir para uma melhor rentabilidade é a queda dos preços dos grãos. A retração chegou a 21% na cotação da soja e a 24% nos preços do milho.

“Tivemos queda nos preços do milho e da soja, o que vai refletir nos preços da ração e no custo de abril, já que a ração é o principal custo da atividade. Apesar disso, a produção de leite no campo continua com margens estreitas. Tivemos aumento de mão de obra com o reajuste do salário mínimo, o que também deve impactar”.

Com margens estreitas, segundo Mariana, o momento de queda nos preços dos grãos pode ser aproveitado pelos produtores.

“O produtor precisa trabalhar a gestão de custo e aproveitar as oportunidades. Se eles tiverem caixa, é interessante fazer compras coletivas e estocar alimentos para o rebanho, aproveitando o momento de menor custo das ração”.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do leite cru podem seguir firmes em abril. A aproximação do período de entressafra e a consequente diminuição da produção no campo podem favorecer a cotação.

Porém, os pesquisadores alertam que a demanda enfraquecida e o aumento das importações podem frear a intensidade desse possível avanço nos preços.

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