Além disso, em nota, o Sindilat informou que a ministra se comprometeu a repassar os pleitos da cadeia produtiva do leite gaúcho quanto às instruções normativas 76 e 77, que entram em vigor em 30 de maio, à Câmara Setorial do Leite, e afirmou que recebeu pedidos semelhantes de outros estados. De acordo com Guerra, produtores e indústria solicitaram que a aplicação da nova legislação não exclua ninguém do processo produtivo. “Demonstramos que somos favoráveis às melhorias contínuas, mas que há pontos que precisam ser trabalhados e implementados de forma gradativa”, relata.
Entre eles, Guerra mencionou ao Broadcast Agro o reforço à assistência técnica a produtores que, pelo fato de não atenderem aos padrões sanitários do leite entregue ao laticínio, estariam ameaçados de serem cortados como fornecedores. “Em vez de excluir o produtor porque o leite que ele entregou à indústria tem altos níveis de contagem bacteriana total (CBT), o ideal seria atendê-lo para melhorar seus processos e qualidade do leite”, disse.
Outra questão seria a adoção de prazos gradativos para algumas exigências das novas INs, como a entrega do leite na plataforma do laticínio sob a temperatura máxima de 7 graus. “Para conseguir atender a essa exigência o produtor deve ter equipamentos apropriados, como resfriadores. Por isso, pleiteamos crédito mais acessível”, informou à reportagem.
O presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, relata o Sindilat, manifestou a importância das mudanças nas INs para que produtores não sejam excluídos da atividade leiteira. “Só nós, teremos mais de 50% dos produtores afetados”, assinalou.
Conforme o Sindilat-RS, os pleitos foram entregues oficialmente em documento, idealizado por Sindilat, Fetag, Apil, Emater, IGL, Fecoagro, Farsul, SEAPDR, Findesa, Famurs, Asamvat e Avat. A reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi marcada pelo deputado federal Heitor Schuch e contou com a participação de outros parlamentares, como Afonso Hamm, Dionilso Marcon e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Alceu Moreira.