Alimentação de qualidade desde cedo melhora a saúde das vacas ao longo da vida e as deixa mais felizes, avaliam especialistas no 3º Simpósio LifeStart, na Inglaterra.
leite
Um dos indicadores mais importantes do negócio é a receita sobre o custo da alimentação e, para melhorá-lo, a eficiência nutricional deve ser aprimorada.

O metabolismo das vacas de leite pode ser programado nos primeiros anos de vida. E a nutrição de qualidade tem importância vital nesse processo.

“Essa fase oferece uma oportunidade de ir além da genética e aproveitar a dieta para melhorar a saúde dos bovinos ao longo da vida. Os benefícios da fase de aleitamento, por exemplo, persistem após o desmame. A dieta líquida em quantidade e qualidade é o principal fator para a saúde intestinal durante o pré e o pós-desmame e, se tratar melhor as bezerras, o resultado será desempenho superior ao longo da vida”. A afirmação é do dr. Leonel Leal, líder da equipe de Pesquisa de Bezerros e Novilhas da Trouw Nutrition, no 3º Simpósio LifeStart, realizado pela empresa em parceria com a Escola de Medicina Veterinária e Ciências da Universidade de Nottingham, Inglaterra.

O evento levantou outra discussão relevante: a felicidade das vacas. O PhD Javier Martín-Tereso, gerente da equipe de ruminantes da área de Pesquisa e Desenvolvimento da Trouw Nutrition, destacou que para uma fazenda leiteira ser considerada sustentável, além do impacto mínimo no meio ambiente, ela precisa “contribuir para a felicidade dos animais, ou seja, em sua qualidade de vida”. Novamente, a nutrição é essencial. “Os estudos atuais preparam o terreno para uma mudança de paradigma na nutrição de bezerras. Se você tiver uma ferramenta que auxilie as fêmeas na fase de aleitamento, poderá aumentar o fornecimento de nutrientes, preparando-as para um melhor crescimento e uma vida mais feliz na fazenda”, disse o especialista.

O 3º Simpósio LifeStart foi palco de intensos debates sobre as melhores práticas para melhorar a sustentabilidade dos sistemas de produção de leite. As apresentações reforçaram propostas para otimizar a alimentação das bezerras, aproveitando a inteligência artificial e o uso da modelagem preditiva para aumentar o desempenho do rebanho e, consequentemente, melhorar o retorno econômico da fazenda.

Outra apresentação discutiu como a demanda atual por leite em termos globais vai além da alimentação, tendo em vista que é um desejo dos consumidores saber mais sobre como os animais são criados na fazenda. “Nenhum consumidor jamais pergunta sobre o ganho de peso médio diário. Eles querem saber se a vaca teve uma vida razoavelmente boa na fazenda”, observou Marina von Keyserlingk, professora da University of British Columbia e palestrante no Simpósio LifeStart.

 

 

 

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