- De acordo com pesquisas conduzidas pela organização Safefood, o teor de proteína para a maioria das produtos alternativos, no mercado da Irlanda do Norte, é menor do que seus produtos lácteos equivalentes. O teor de cálcio das alternativos à base de plantas ao queijo também foi menor.
Os pesquisadores analisaram o conteúdo nutricional de 201 produtos alternativos (à base de plantas) aos laticínios, à venda nos supermercados entre maio e junho de 2021. Eles foram divididas nas seguintes categorias:
- Alternativas ao leite (105);
- Alternativas de queijo (38);
- Alternativas de iogurte (58).
Os produtos foram analisados observando-se as informações nutricionais exibidas nos rótulos e quaisquer alegações de saúde, como “fonte de cálcio”, feitas na embalagem.
Comparação com produtos lácteos
A composição nutricional dos produtos conforme rotulados foi então comparada com suas contrapartes lácteas no Nutritics, um software de análise nutricional usado para simplificar a rotulagem e a análise de alimentos.
A Dra. Aileen McGloin, diretora de nutrição da Safefood, disse: “Vimos um aumento significativo na popularidade e no número de alternativas à base de plantas aos produtos lácteos disponíveis no mercado nos últimos anos.
“Nossa pesquisa descobriu que, em média, o teor de proteína dos produtos à base de plantas que analisamos era menor do que os produtos lácteos. O teor de cálcio para leites e iogurtes à base de plantas foi o mesmo que seus homólogos lácteos, mas foi menor para queijo.
Mercado alternativo
“Como esses produtos variam em conteúdo nutricional, aconselho as pessoas a verificarem os rótulos e procurarem produtos que contenham fontes de proteína, sem açúcar e fortificados com cálcio.
“Para tomar como exemplo os produtos alternativas à base de plantas, em média, continham um terço do teor de proteína do leite, enquanto dois terços dos produtos pesquisados não eram fonte de proteína. Isso pode ser particularmente importante para aqueles que estão adotando dietas vegetarianas ou veganas”, disse McGloin.
As atuais diretrizes nacionais de alimentação saudável recomendam 3 porções por dia de leite, iogurte e queijo para adultos e 5 para crianças e jovens de 9 a 18 anos, com variedades reduzidas ou com baixo teor de gordura sendo aconselhadas.
A pesquisa da Safefood também descobriu que um terço dos adultos, na Irlanda do Norte, consome alternativas à base de plantas para produtos lácteos – como leite, queijo e iogurte – com mais de 44% das pessoas de 15 a 24 anos sendo consumidores regulares desses produtos. Entre as pessoas que escolhem esses produtos, 20% o fizeram por considerá-los mais saudáveis.
Quando perguntados por que escolheram alternativas aos laticínios à base de plantas, 20% disseram que o fizeram porque os consideravam “mais saudáveis ou melhores para si”.
Pouco menos de 18% disseram que o fizeram porque “queriam uma mudança ou variação”, enquanto 14% o fizeram por causa de sua própria intolerância a laticínios ou de um membro da família.
De acordo com estimativas do setor, o mercado alternativo de laticínios à base de plantas no Reino Unido fatura aproximadamente € 284 milhões, com o valor das vendas aumentando 299% nos 2 últimos anos.
Notas:
Safefood é uma organização multi-disciplinar da Irlanda do Norte com um staff de 30 funcionários. Suas quatro diretorias são Marketing e Comunicação; Operações Corporativas; Saúde Humana & Nutrição; e Ciência de Alimentos. A organização foi criada em dezembro de 1999 como Comitê de Promoção da Saúde Alimentar (Food Safety Promotion Board).
Fonte: Dairy Global