Mastite é uma inflamação da glândula mamária. Pode se apresentar nas formas clínica e subclínica e ambas prejudicam a glândula mamária, reduzindo drasticamente a produção de leite
Mastite é a inflamação da glândula mamária geralmente desencadeada com o objetivo de destruir ou neutralizar bactérias e suas toxinas que adentram no úbere da vaca. “A mastite pode se apresentar de duas formas: clínica e subclínica. Ambas prejudicam o funcionamento da glândula mamária reduzindo drasticamente a produção de leite”, afirma Leonardo Cotta Quintão, professor do Curso CPT Controle de Mastite (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT) do Leite – De Acordo com a IN 77.
Os principais sintomas da mastite clínica no rebanho leiteiro são:
– apatia;
– inchaço e vermelhidão no úbere;
– presença de grumos ou pus no leite;
– diminuição no consumo de alimentos pelos animais acometidos;
– diminuição drástica na produção do leite.
Os sintomas da mastite subclínica são mais difíceis de ser identificados a olho nu, pois esta forma de doença não apresenta nenhum dos sinais acima a não ser a redução drástica da produção de leite. Por esse motivo, a mastite subclínica quase sempre passa despercebida aos produtores.
Os agentes mais comuns causadores de mastite são as bactérias dos gêneros estreptococos, estafilococos e coliformes. Contudo, existem mais de 100 tipos de bactérias diferentes que podem causar a doença. Além disso, fatores ambientais e o manejo incorreto são as principais causas de contágio e disseminação dos agentes causadores da mastite no rebanho.
O controle da mastite e a redução da CCS podem ser realizados quando atentamos para os seguintes procedimentos:
a) rotina de ordenha.
b) manutenção do equipamento.
c) acompanhamento.
d) tratamento, segregação e descarte do leite.
Ordenhadores e produtores devem observar a fisiologia do rebanho. Muitas vezes, o descarte de animais leiteiros é necessário. Isso é feito observando-se a posição anatômica do úbere.
Dica:
Ao se traçar uma linha imaginária na altura do jarrete, animais saudáveis e aptos à produção de leite devem sempre apresentar o úbere e tetos acima da linha do jarrete. Essa posição proporciona maior segurança para a glândula mamária diante dos desafios e contaminações advindas do ambiente, entre elas: escore de sujidades e riscos de ferimentos e lesões nos quartos mamários.