De acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), leite comercializado em janeiro foi negociado a um preço médio de R$ 2,66 por litro. O valor é 23% mais alto que o registrado no mesmo período de 2022. Mas o aumento no preço pago aos pecuaristas ainda não satisfaz a classe que considera o momento como de crise.
De acordo com Milton Guimarães, produtor de leite na região de Pará de Minas, a situação para o homem do campo não é confortável. Ele, por exemplo, mesmo captando cerca de 3 mil litros por dia, aproximadamente 90 mil litros por mês, não está vendo o retorno financeiro.
Sua expectativa é que o produto seja mais valorizado ainda neste mês, para que os produtores consigam manter os rebanhos.
Ele também comentou o alívio dos pecuaristas em relação ao resultado das análises do suposto caso de “vaca louca” registrado no Pará. O laudo garantindo que não se trata de uma doença contagiosa manteve o status de risco insignificante no Brasil, o que deve contribuir para a normalização do movimento de exportação dos produtos nacionais.
Ainda segundo Milton Guimarães, até o final de março o litro do leite, pago ao produtor, deve chegar a R$3,00. Mas a notícia que pode alegrar os pecuaristas deve preocupar o consumidor final, já que o acréscimo também deverá ser percebido nas gôndolas dos supermercados.
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