A PepsiCo anunciou hoje (24 de abril) a redução de sua previsão de lucro principal para 2025, citando o impacto de tarifas e o aumento da “volatilidade” macroeconômica.
O gigante de bebidas e alimentos previu que seu “lucro por ação principal em moeda constante” seria “aproximadamente igual ao do ano anterior”, em comparação à previsão anterior de “crescimento de um dígito médio”.
A PepsiCo atribuiu a mudança aos maiores custos da cadeia de suprimentos relacionados às tarifas, à “volatilidade macroeconômica elevada” e a um cenário de consumo moderado.
A empresa espera que as taxas de câmbio estrangeiras impactem negativamente a receita líquida reportada e o crescimento do lucro por ação principal, com base nas taxas de consenso de mercado.
“À medida que olhamos para frente, esperamos mais volatilidade e incerteza, particularmente relacionadas aos desenvolvimentos do comércio global, que acreditamos que aumentarão nossos custos na cadeia de suprimentos.
“Estamos planejando ativamente ações de mitigação para enfrentar esses custos mais altos da cadeia de suprimentos onde for possível, ao mesmo tempo em que buscamos minimizar a interrupção de nossas operações, nossos relacionamentos com consumidores e clientes, e a saúde de longo prazo do nosso negócio.”
No primeiro trimestre, a PepsiCo registrou um aumento de 1,2% na receita orgânica. A receita líquida subiu 1,8%, alcançando US$ 17,92 bilhões.
O lucro operacional caiu para US$ 2,58 bilhões, contra US$ 2,72 bilhões no mesmo período do ano anterior. O lucro líquido do primeiro trimestre diminuiu para US$ 1,84 bilhão, ante US$ 2,05 bilhões no primeiro trimestre do ano passado. O lucro por ação caiu 10% em relação ao ano anterior.
A divisão PepsiCo Foods North America, dona da marca Lay’s, viu sua receita cair 2% em termos orgânicos, para US$ 5,91 bilhões. Os volumes caíram 1%.
A divisão Latin America Foods da PepsiCo reportou um aumento orgânico de 3% na receita, embora os volumes tenham caído 0,5%.
A unidade Asia Pacific Foods do grupo registrou uma queda de 1% na receita no primeiro trimestre. Os volumes aumentaram 3%.
A analista de bebidas do Barclays, Lauren Lieberman, afirmou que os resultados destacam dificuldades na PepsiCo.
“É extremamente raro ver os resultados da PepsiCo ficarem abaixo das expectativas de consenso e, embora a diferença tenha sido de apenas um centavo, achamos que exemplifica o quão desafiadora está a situação da empresa hoje, dado que, na última década e mais, sempre houve uma forma de entregar o lucro final.”
Ela acrescentou: “A PepsiCo também reduziu a previsão de lucro por ação para o ano, destacando os maiores custos da cadeia de suprimentos (tarifas), que não deveriam ter tido um impacto significativo no trimestre.”
Traduzido e adaptado para eDairyNews 🇧🇷
