A produção argentina de leite em 2023 alcançou 11.325,4 milhões de litros, o que representou queda de 2% em relação a 2022, quando foram contabilizados 11.557,4 milhões de litros.
leite
Esse resultado está longe dos prognósticos catastróficos do princípio do ano.

Esse resultado, antecipado pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), está longe dos prognósticos catastróficos do princípio do ano, como queda de 10% a 20% na oferta de leite, devido à crise que visivelmente afetava a maioria das fazendas leiteiras.

Esta crise foi expressa tanto em matéria climática (a seca afetou fortemente a oferta de pastos) como econômica, ao longo do exercício, as fazendas leiteiras não conseguiram cobrir os custos de produção).

Mas a variação de 2% na produção de leite também está longe de ser comemorada, porque mostra de novo, estagnação em relação ao início do milênio, variação entre 10 e 1 bilhões de litros.
A estatística do OCLA abre uma interrogação: o que acontecerá em 2024, já que a crise de renda da atividade leiteira persiste. De fato, o gráfico da evolução anual mostra que as quedas de produção foram maiores nos últimos quatro meses do ano.

Tomando só os dados do mês de dezembro, de fato, a produção foi de 951 milhões de litros, o que representou 5,3% abaixo do mês anterior e -7,7% na comparação com o ano anterior. Ou seja, que nos meses mais recentes está havendo uma crise que impacta a rentabilidade da produção primária, que leva muitas fazendas a encerrarem a atividade, mas, sobretudo, que a maioria reduz o nível de produção, seja reduzindo a qualidade das rações ou eliminando as vacas menos produtivas.

“Normalmente a produção no mês de dezembro decresce entre 5 e 6% em relação a novembro (média diária). Este ano a queda foi de 8,3%, resultado dos efeitos colaterais da seca generalizada e prolongada que abateu sobre todas as regiões produtivas, vindo depois um excesso de chuva em outras, durante o mês e as relações desfavoráveis entre o preço do leite e alguns insumos básicos (sobretudo concentrados”, alertou a análise do OCLA.

Cabe destacar que, “dezembro de 2023 foi o mês de dezembro de menor produção dos últimos 4 anos”.

Em sólidos totais (matéria gorda e proteína) a produção anual caiu 1,1% em 2023, quando os litros produzidos caíram 2%. Esta é uma situação “que ocorre porque a deterioração dos chamados sólidos úteis do leite é mínima (7,16% de sólidos em 2023 e 7,17% em 2022)”. (Fonte: Bichos de campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

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