Produtores rurais do Sul do Estado participaram de seminário e oficina com orientações sobre a produção leiteira

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), promoveu recentemente, por meio do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), seminário e oficina técnica sobre a qualidade do leite no município de Meleiro, região Sul do Estado. Participaram do evento produtores de leite da região, técnicos do programa ATeG e autoridades locais. A iniciativa foi realizada pelo Sistema Faesc/Senar e Sindicato Rural de Meleiro, com apoio da Cooperativa dos Produtores de Leite e Agroindústria Familiar Rural de Meleiro/SC (Coopercolmeia).

Fernando demonstrou na prática técnicas para garantir a qualidade do leite

“A qualidade é um dos assuntos que já vem sendo trabalhado, de forma individual, nas propriedades assistidas pela ATeG e o evento teve como foco enfatizar, ainda mais, aos produtores participantes, que a qualidade do leite produzido é de fundamental importância e, para que alcancem uma produção de qualidade, devem ficar atentos quanto à aplicação das técnicas que se fazem necessárias”, orientou o supervisor técnico da ATeG e zootecnista Fernando da Silveira que proferiu a palestra.

Durante o seminário, que contou com mais de 60 participantes, Silveira apresentou as normas técnicas a serem seguidas pelos produtores de leite, explicando sobre a alimentação das vacas leiteiras, a importância do controle sanitário desses animais e os cuidados a serem tomados na hora da ordenha. A oficina foi realizada na propriedade do técnico de campo Willian Benedet Buzanello, localizada na comunidade de Rio Morto, interior do município de Meleiro e teve a participação de 46 produtores de leite atendidos pela ATeG.

Seminário reuniu produtores rurais em Meleiro, no Sul do Estado

Conforme explicou o técnico de campo da ATeG em Meleiro Antônio Simoni de Oliveira, a sala de ordenha pode ser simples, mas a limpeza e a higienização do ambiente são indispensáveis no controle da qualidade do leite, na ocasião foi efetuada uma prática demonstrando a correta higienização do equipamento de ordenha com o uso dos detergentes ácido, alcalino e o sanitizante. “Esse processo de limpeza auxilia no controle de contaminação por bactérias”, exemplificou.

Os produtores também foram orientados quanto aos procedimentos da correta rotina de ordenha, com limpeza e desinfecção de tetos, bem como os testes para verificação de mastite. Silveira ressaltou a importância do teste CMT (teste da requete), que é fundamental para verificar se os animais estão infectados pela mamite, contaminação essa que afeta diretamente não só a qualidade, mas também a quantidade de leite produzido.

Após seminário ocorreu oficina técnica de qualidade do leite

Após a oficina técnica, os participantes foram levados a campo para conhecer as pastagens implantadas nas propriedades assistidas pelo Programa ATeG. “Dentre as pastagens perenes o grande destaque foi a Jiggs e o BRS Kurumi, que são altamente produtivas e de excelente qualidade nutricional.  Nas pastagens de ciclo anual, o milheto híbrido, ADRF 6010 Valente e o ADR-500 se destacaram na produtividade e qualidade nutricional”, pontuou o supervisor técnico.

A supervisora do Senar/SC na região Sul, Sueli Silveira Rosa, salientou que o programa tem trazido bons resultados aos 450 produtores rurais atendidos pela ATeG em bovinocultura de leite, envolvendo 28 municípios da região. “É nítida a diferença nas propriedades atendidas, sem dúvidas a técnica e a gestão aliadas são indispensáveis para o sucesso dos empreendimentos rurais”.

Supervisor técnico da ATeG em bovinocultura de leite, Fernando Silveira explicou sobre atitudes para aumentar a qualidade do leite

A coordenadora estadual do Programa Paula Araújo Dias Coimbra Nunes ressaltou que além dos dias de campo e seminários, os produtores recebem visitas mensais, durante 24 meses, dos técnicos de campo para o desenvolvimento das cinco etapas preconizadas na metodologia da ATeG do Senar: diagnóstico produtivo, planejamento estratégico, adequação tecnológica, capacitação profissional e avaliação sistemática de resultados.

O Sistema FAESC/SENAR-SC conta atualmente com 45 técnicos de campo e 3 supervisores técnicos na Bovinocultura de Leite, além da estrutura de apoio dos Sindicatos Rurais da região e dos supervisores administrativos do SENAR/SC. “O objetivo principal é de proporcionar aumento na produção e renda das famílias rurais de Santa Catarina”, complementa o superintendente do SENAR/SC, Gilmar Antônio Zanluchi.

O presidente do Sistema Faesc/Senar José Zeferino Pedrozo ressaltou que Santa Catarina é um Estado referência na produção agropecuária e tem se destacado também no leite alcançando a quarta posição entre os principais Estados em produção. “Por meio do programa ATeG estamos levando para o campo qualificação e tecnologia a fim de colocar nossos produtores cada vez mais em evidência, reforçando a qualidade produtiva de nossa terra.

 

A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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