Bruno e Juliano Mendes quebraram paradigmas com a Eisenbahn e agora buscam o mesmo com o queijo, outro alimento bem comum às mesas.
Queijo Bruno Mendes, um dos sócios da Pomerode Alimentos (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total) Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total Bruno Mendes, um dos sócios da Pomerode Alimentos (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
Bruno Mendes, um dos sócios da Pomerode Alimentos (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total) Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total Bruno Mendes, um dos sócios da Pomerode Alimentos (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)

Quando Bruno e Juliano Mendes fundaram a Eisenbahn, em 2002, o mercado brasileiro era pouco aberto às cervejas artesanais e o consumidor raras vezes conhecia outro estilo da bebida que não fosse o tradicional Pilsen.

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Bruno Mendes, da Pomerode Alimentos: família volta a se desafiar para fugir de produtos básicos (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)

Com um cardápio mais amplo, a cervejaria de Blumenau, que hoje faz parte do Grupo Heineken, foi uma das precursoras no país na proposta de levar novos aromas, cores e um pouco mais de amargor para dentro dos copos.

Agora os irmãos que ajudaram a derrubar paradigmas e revolucionar o meio cervejeiro se dedicam a fazer mesma coisa com um outro tipo de alimento bem familiar às mesas: o queijo.

Eles são as estrelas da terceira reportagem da série “Fábricas de medalhas” que a coluna começou a publicar no último domingo (18).

Em 2013 Bruno e Juliano compraram uma fábrica de laticínios em Pomerode, que atualmente emprega cerca de 30 pessoas e projeta faturar R$ 15 milhões neste ano.

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Na época o investimento veio a calhar: a família já estudava a produção de queijos – uma iguaria que costuma harmonizar com cervejas especiais – quando a oportunidade do negócio apareceu. Assim como na época da Eisenbahn, os Mendes se desafiaram a fugir do básico e dos conceitos impostos pelas grandes indústrias. E, mais uma vez, encararam obstáculos para conquistar o paladar do consumidor.

— Quem disse que o brasileiro não gosta de um queijo mais forte? A maioria das pessoas não conhece — defende Bruno.

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Inspirada no estado norte-americano de mesmo nome, conhecido por ser um polo queijeiro, a linha Vermont, criada pelos irmãos, tem produtos de aroma e sabores intensos – para não dizer fora do padrão mais comercial. Alguns dos destaques ficam por conta de receitas que de alguma maneira prestam homenagem a Pomerode.

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Uma delas, o Morro Azul, faz alusão a um reduto natural e turístico da cidade mais alemã do Brasil.

É um queijo cremoso, envolto em uma cinta de madeira. Outro, o Vale do Testo, cita o rio que corta o município. Com maturações diferentes – de um a 12 meses –, o produto tem notas aromáticas que lembram caldo de carne, defumado e amêndoas.

— A gente recebe quase todos os dias contatos de clientes para saber se o queijo está bom, por causa do cheiro — revela Bruno.

Para os Mendes, o aroma dos queijos especiais é equivalente ao amargor da cerveja. Eles, no entanto, já provaram uma vez que são capazes de convencer até mesmo os paladares mais desconfiados a darem uma chance para o que é diferente e foge do padrão.

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A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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