A ação, que incluiu a aquisição de novos equipamentos, é uma iniciativa do governo estadual por meio do programa Bahia Produtiva.
O laticínio que funciona há mais de 20 anos, com o beneficiamento do leite de cabra | FOTO: Divulgação/CAR |
O laticínio que funciona há mais de 20 anos, com o beneficiamento do leite de cabra | FOTO: Divulgação/CAR |
Iogurtes, leite e doce de leite de cabra. Esses são alguns dos produtos do laticínio de cabra da Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira (Apaeb), do município de Valente, que estão em mais de 180 pontos de venda em toda a Bahia.

O laticínio que funciona há mais de 20 anos, com o beneficiamento do leite de cabra, está passando por um processo de requalificação para ampliar sua capacidade de produção e passar a beneficiar também leite de vaca.

laticínio

A ação, que incluiu a aquisição de novos equipamentos, é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio do projeto da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Bahia Produtiva. No total, estão sendo aplicados mais de R$ 1,8 milhão, destinados ainda ao serviço de assistência técnica e extensão rural (ATER) qualificada e à contratação de uma engenheira de alimentos para o desenvolvimento de novos produtos.

“No início, o nosso objetivo principal era o Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Com o apoio da CAR, começamos a incentivar o comércio e o desenvolvimento de outros produtos. Hoje, estamos em diversas redes de supermercados dentro e fora de Salvador e quase em todas as redes de mercados na Bahia”, comemora o gerente do laticínio, Claudir Santana.

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Os avanços geram mais renda para as famílias agricultoras que entregam leite para o laticínio. Segundo informações do gestor, após os investimentos da CAR, o faturamento cresceu 35% e o impacto é grande na vida dos produtores, que chegam a receber, atualmente, até R$ 4 mil. “O nosso objetivo principal é colocar o leite de cabra cada vez mais em nível de Brasil, mas também enxergamos a possibilidade do uso do leite de vaca, que vai nos dar um faturamento necessário para fazer os produtos chegarem mais longe”, pontua Claudir Santana.

Um dos exemplos de êxito na caprinocultura de leite da região é o agricultor Renilton de Jesus Araújo, que começou sua produção leiteira com três cabras, mas hoje já tem cerca de 50 animais e entrega o leite para o laticínio. “Hoje, eu consigo tirar na faixa dos R$ 5 mil, sem contar as despesas, e o meu sonho agora é que o laticínio possa evoluir cada vez mais para que a gente também possa crescer daqui. É um dependendo do outro”.

 

A expectativa com os novos equipamentos é impactar ainda mais a vida dos agricultores e agricultoras familiares como a de Hilário Teixeira. “O pensamento é sempre melhorar porque eu tenho 13 bovinos, sendo seis vacas adultas que eu já entrego o leite. Com os novos equipamentos aqui do laticínio, a esperança é entregar o leite de vaca aqui, porque esses queijeiros sempre baixam o valor, e aqui o preço é fixo. Então, fazendo chuva ou sol, a gente vai poder entregar aqui e comer só do bom e do melhor”.

Os investimentos do Governo do Estado via CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), na Apaeb, em Valente, são provenientes do Bahia Produtiva, projeto cofinanciado pelo Banco Mundial. As informações são da assessoria.

Nesta segunda parte da entrevista, Damián e Cristina da NZX falaram sobre o Global Dairy Seminar, um evento importante que ocorrerá em alguns dias em Cingapura, e sobre os novos mercados que impulsionarão a demanda por produtos lácteos nos próximos anos.

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