A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos em 2025 inaugura um cenário que exige atenção redobrada da indústria global de alimentos, incluindo o setor lácteo brasileiro.
Com Trump, espera-se o fortalecimento de políticas protecionistas, buscando priorizar a produção doméstica nos Estados Unidos.
Com Trump, espera-se o fortalecimento de políticas protecionistas, buscando priorizar a produção doméstica nos Estados Unidos.

As diretrizes de “América Primeiro” devem marcar o tom das relações comerciais, desafiando exportadores e impactando diretamente o Brasil, que busca equilibrar suas relações com Washington e sua crescente influência no BRICS.

A ausência de Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia – não convidad– e a negativa do STF ao pedido de Jair Bolsonaro para comparecer, ilustram as complexidades diplomáticas em jogo.

Nesse novo contexto, as implicações para o Brasil e para o setor lácteo vão além das fronteiras econômicas: são estratégicas.

Os impactos da “América Primeiro”

Com Trump, espera-se o fortalecimento de políticas protecionistas, buscando priorizar a produção doméstica nos Estados Unidos.

No entanto, o Brasil tem alternativas. O fortalecimento de sua posição no BRICS, bloco econômico liderado por países emergentes como China e Índia, oferece novos horizontes.

 

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Recentemente, Pequim ampliou sua parceria comercial com Brasília, assinando acordos que incluem setores de alimentos, o que abre espaço para o setor lácteo crescer em mercados asiáticos e além, como destaca o Wall Street Journal.

Setor lácteo: adaptando-se às novas regras do jogo

A diversificação de mercados será essencial para os exportadores brasileiros de lácteos. A China, que já é o maior comprador de diversos produtos brasileiros, pode se tornar uma parceira ainda mais importante.

Além disso, países no Oriente Médio, África e Ásia oferecem oportunidades, mas também demandam adequações em padrões sanitários, qualidade e logística.

 

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No mercado interno, o setor lácteo enfrenta o desafio adicional do aumento de custos. Insumos importados, como fertilizantes e rações, tendem a ficar mais caros com o dólar valorizado. O real desvalorizado, porém, torna as exportações mais competitivas – um alívio parcial em meio às pressões.

O papel do Brasil no tabuleiro global

Se por um lado os Estados Unidos podem impor barreiras ao comércio, por outro, a posição estratégica do Brasil no BRICS é um trunfo.

A cooperação com parceiros como China e Índia não apenas oferece mercados alternativos, mas também impulsiona o desenvolvimento de tecnologias agrícolas e lácteas. O desafio será equilibrar essas oportunidades com as exigências de competitividade e qualidade impostas por mercados mais exigentes.

Resiliência como diferencial

O setor lácteo brasileiro, conhecido por sua capacidade de adaptação, tem a chance de transformar desafios em crescimento. Enquanto o retorno de Trump traz incertezas, ele também reforça a importância de ampliar horizontes e investir em inovação e competitividade.

Em um mundo de alianças instáveis e disputas comerciais acirradas, a resiliência será o diferencial do Brasil para manter sua posição como protagonista no mercado global de lácteos.

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