Bom para o intestino e para emagrecer: saiba os poderes do queijo.
Minas. A recomendação é consumir o queijo de forma distribuída na dieta, em lanches ou ralado na salada.
O queijeiro acredita que o selo de qualidade vai abrir muitas portas.

O brasileiro consome, em média, 2,2 quilos de queijo por ano, segundo o IBGE. Isso por si só já mostra que o alimento é um queridinho no país. No entanto, é importante não exagerar no consumo, e se limitar a duas fatias (ou 30 gramas) por dia. Essa quantidade já é suficiente para se beneficiar com as propriedades nutricionais do alimento – que, aliás, fazem um bem danado à saúde.

 

“A recomendação é consumir o queijo de forma distribuída na dieta, em lanches ou ralado na salada. Evite o consumo exagerado em uma única refeição, como naquela pizza de quatro queijos do final de semana. Além disso, é preciso ficar atento às quantidades adicionadas nos lanches e refeições como massas, por exemplo”, recomenda a nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, Patrícia de Moraes Pontilho.

Benefícios do queijo para a saúde

O queijo é considerado um alimento processado saudável, pois seus diferentes tipos são produzidos a partir da coagulação do leite, com adição de enzimas à massa, e posterior remoção do soro do leite durante esse processo. Quanto mais duro, como o parmesão, menos soro ele possui, além de passar mais tempo sendo prensado.

Segundo a professora da Anhanguera, o alimento é muito rico e ajuda na prevenção de doenças e no bom funcionamento do organismo. Ela explica cada uma das propriedades presentes no queijo:

Probióticos: também encontrados nos iogurtes, são microrganismos vivo que ajudam a equilibrar a flora intestinal, evitando a prisão de ventre e a diarreia;

Proteínas: por terem uma digestão mais longa, ajudam a aumentar a sensação de saciedade, o que pode colaborar para o emagrecimento;

Oligoelementos: são encontrados em pouca quantidade de forma natural no organismo humano. Eles atuam em funções metabólicas como balanço hormonal, produção enzimática, hidratação celular, regulação do pH, biodisponibilidade de nutrientes e, além disso, no transporte de oxigênio.

O queijo também é rico em vitaminas e minerais

Vitaminas:

  • A (atua no sistema imunológico);
  • B2 (favorece o metabolismo de gorduras, açúcares e proteínas, além de auxiliar na cicatrização e visão);
  • B12 (atua nas células que transportam oxigênio no sangue, prevenindo a anemia e a trombose);
  • D (hormônio que atua na saúde óssea, crescimento, imunidade, musculatura, metabolismo e em diversos órgãos e sistemas, como o cardiovascular e nervoso central, por exemplo);
  • K2 (substância essencial aos seres humanos, ajuda o fígado a produzir diversas proteínas).

Minerais: 

  • Cálcio (mineral mais abundante no corpo humano, é essencial para fortalecer ossos e dentes);
  • Fósforo (segundo mineral mais abundante no corpo, depois do cálcio);
  • Selênio (possui ação antioxidante e fortalece a imunidade, além de combate os radicais livres, protegendo as células do envelhecimento);
  • Zinco (necessário para o funcionamento do sistema imunológico, e que não é produzido pelo organismo humano);
  • Sódio (regula o volume sanguíneo e atua no impulsos nervosos e contração muscular).

Atenção às quantidades

Apesar dos diversos benefícios, o consumo exagerado pode acarretar uma alta ingestão de sódio, o que é um perigo para quem tem pressão alta. Além disso, também eleva o risco de doenças cardíacas devido ao alto teor de gordura saturada, bem como problemas de digestão para quem tem intolerância à lactose.

Escolha o queijo mais adequado para você

Existem diversos tipos de queijo – um mais saboroso que o outro. No geral, os mais amarelos passam por um processo maior de maturação. Por isso, eles têm níveis mais elevados de gordura, explica a nutricionista. A especialista listou os mais comuns, do “mais magro” ao “mais gordo”. Confira:

Ricota (139 kcal por 100g): melhor opção para quem quer perder peso, é leve e de fácil ingestão. Apresenta menos gorduras e sódio – contudo, ter poucas proteínas é um contra;

Minas frescal (243 kcal por 100g): pode ser feito com leite desnatado, o que confere menos gordura e maior umidade;

Muçarela de búfala (311 kcal por 100g): de origem italiana, é mais branco e doce que os queijos feitos com leite de vaca. É rico em gorduras saudáveis, cálcio e proteína;

Muçarela (320 kcal por 100g): de origem italiana, possui níveis elevados de gordura e sódio;

Gorgonzola (324 kcal por 100g): maturado por mofos verdes, é bastante comum em tábuas de queijos, em recheios e molhos;

Variedade é o que não falta

Prato (346 kcal por 100g): bastante consumido em lanches e popular no Brasil, por conta do preço mais em conta. É menos maturado, apresentando textura macia;

Provolone (350 kcal por 100g): é defumado, com textura firme e sabor que varia de suave a picante. No entanto, tem bastante sódio e gorduras;

Cheddar (404 kcal por 100g): o que é popular no Brasil nem pode ser, de fato, chamado de queijo. É um tipo de preparado com outros tipos de queijo, popularizado pelas redes de fast food. Pode receber aditivos artificiais, inclusive para chegar à cor alaranjada. Além disso, o queijo cheddar original tem origem inglesa e é bem diferente da versão processada, sendo mais suave e podendo ter notas nozes, maçã e café torrado.

Parmesão (448 kcal por 100g): por ser um queijo duro, apresenta mais sódio e gordura. Boa opção para intolerantes, por ter níveis menores de lactose.

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Bom para o intestino e para emagrecer: saiba os poderes do queijo –

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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